quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Em Cartagena à la Guevara

Às vezes: a tal felicidade. E a gente viaja!!!

Dentro de minha Mãe


No azul do mar do Caribe, com amigos, perto de mim, dentro de minha Mãe.

No mar azul do Caribe

(Marlon Marcos)

 Para saber mais sobre mim, estar diante do que não sai de mim, sonhar com o que me deixa em mim. Talvez assim eu seja menos erros, talvez minhas dúvidas me levem além, assim como me trouxeram ao Caribe.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Da poesia

Sem poesia eu não haveria...
Se ela me oprime e aliena,
só ela me impele à esperança
que me faz negar a raiva
respirar a sorte
e pacientemente,
esperar.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Poeta amigo


Por onde o amor se impregna

e a memória é pura confusão:

meus  olhos perdidos

no  escondido dos  seus,

o  susto de reviver

a magia que o tempo levou,

o silêncio batucando lamentos

na vontade única de lhe abraçar,

 lhe chamar:  poeta  amigo.

Medíocre

Algo que fagulha mas não reacende,
porque certeiro demais,
para um tempo que sempre foi de menos
.

Resposta a Laís

Mais? eu me lanço aos leões, aos automovéis, às portarias dos prédios, aos carteiros, aos envelopes me fazendo de carta. Agora, é melhor ler você e ouvir Maria Bethânia.

iludindo-me

O perfume das coisas que não são revigorando a memória da minha pele tal qual o das que são.

- Chamam isso de ilusão. Mas hoje eu não quero tomar banho para não correr o risco de ficar sem este cheiro.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Maria Maria Maria



Alteza,

Quase 50 anos de inteireza artística traduzem a sua história. A trajetória que revela seu potencial criativo, sua rara beleza de mulher, sua coragem para o não e para o sim, sua voz em lítero-musicalidades, seu destino de oferecer sentido a milhares de vidas espalhadas pelo mundo. O sentido profundo da beleza profunda que só alguns podem trazer. Redundância, repetição, exagero... Mas reinvenção também , na constância  da sua qualidade, na efervescência das suas escolhas, no peso leveza da sua opinião. De verdade: rainha e doutora nesta vontade juvenil de querer dizer.
 
Por favor, volte - pois a missão continua. O Brasil, seu povo, os mais atentos, precisa de qualidade.
 
Os mananciais que lhe movimentam  coadunam-se à sua inesgostável sede de fazer arte, de estar em cima de um palco.
 
Obrigado sempre!
 
Nossa Senhora lhe tem no colo.
 
Parabéns!!!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Fruto estranho

Então,
Que marulhe este mistério
Ilumine-se o breu que atiça
E esta voz conduza-se a outra história.

Que o dia que anoitece
Tenha dentro alguma presença
Regada pelo sentimento que discorre
Lacunas musicais e dói.

Dói de estranheza,
Fruto estranho,
Como o amor entre os iguais.

Quando sou outro

E quase me liberto do barulho do lado de fora. Quase não penso em passado nem em futuro. É tudo presente sem vacilo, mesmo em conflito, não há vacilo na força do desejo que está. Um vento artificial incomodando o meu olhar sobre as colinas, sorrisos alheios que não me tocam, corpos dançantes que não me convidam, o desconforto das multidões na sanha da alegria desmedida.
O meu olhar me ensina a viajar dentro deste instante, a ir para fora das lembranças e a deixar de esperar momentos vindouros. É agora o que mais queria, quis, quero: agora. E vejo borboletas em azul e vermelho, em cinza e amarelo, sob o sol escaldante da cidade. Não sei se é mais paz ou se é dor apaziguada, mas o meu pensamento impede o barulho que outros fazem.
Uma festa se me extermina e já não sei do que em mim seria se a vida desta vez me dissesse sim.
Navego no centro da noção do agora e se ainda há tempo – o cais não se desfaz -, que eu me sinta descansando a boca na boca desejada e, se houver palavras que sejam: preto, te amo.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Ao som de Péricles


 
 

Sem querer falar da magia e da raridade não rara do canto feminino, mas o CD Mulheres de Péricles, maravilhoso compositor carimbado nas vozes de Gal Costa, Caetano Veloso, Adriana Calcanhotto, traz cantoras como Tulipa Ruiz, Céu, Juliana Kehl e Blubell, que fazem delícias sonoras para fugir do carnaval. Uma bela homenagem para quem merece ser homenageado sempre com mais fôlego. Suavezinho, é possível ouvir todinho, até a inexpressiva leitura de Mallu Magalhães da primazia Elegia. E Gal Costa soberana em todas as súditas: algumas sem consciência da dívida para com a mestra da canção nascida na Bahia. Ouça.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Sem querer carnaval


O mais desgastante para mim, em termos que refletem o carnaval, é ter que considerá-lo, à luz de Durkheim, que ele é Fato Social. Não quero teorizar sobre algo que, na minha cidade, agoniza e nos retira das vias do verdadeiro prazer. Hoje, é uma festa para turista que não viveu a espontaneidade e nem outras possibilidades de se fazer esta folia na Cidade da Bahia.

Não querer...
teorizar é não me dispor de tempo a elaborar reflexões, citar autores ( arre!) e promover debates. Queria ( e ainda quero) estar fora da festa... Não sei onde encontrar a poesia que me animava nesta que foi a festa que mais amei na vida. É algo muito pessoal o meu desgaste com o movimento momesco de Salvador; e me dá alergia alguma elaboração ( minha ou alheia) que me acuse de saudosista, e insista em dizer que a festa dos camarotes e das cordas excessivas continua a ser a força cultural da Bahia.

Prefiro sentir o Rio Vermelho na madruga do Dois de Fevereiro e depois voltar para casa. Ouvir a cantora Stella Maris singrando sua própria sonoridade, conversar com amigos, banhar no Porto( se não fosse no Circuito), ler coisinhas, tomar cervejinhas, me aliviar de mim mesmo.

Esquecer é razão de bom senso: permite alguma reinvenção e nos faz abrir-nos para outro tempo que coexiste com os “velhos” dentro da gente. Carnaval é matéria do passado que aponta o meu envelhecimento, mas aponta também a seletividade que chegou e me obriga a querer mais dos momentos em que busco ser feliz nesta vida.

Pelos amigos: verei a Mudança do Garcia, talvez olhe Daniela Mercury passando, não sei... Meu amigo jornalista na cidade, em sua exuberante inteligência, trabalhando e se divertindo, fazendo-me rir, me deixa ficar em Salvador...Façamo-nos companhia e eu ainda continuo em combate... Verinha e Adriana me trouxeram, nesta terça, a Luís Caldas... Fecho os olhos, cantarolo Gil, que ali estará: mistério sempre há de pintar por aí.
 
Para quem gosta: maravilhoso este carnaval. E Deus é conosco!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Iyá Ogunté


Atlântida - Ná Ozetti



"Desde o Oiapoque
Até Nova York se sabe
Que o mundo é dos que sonham
Que toda lenda é pura verdade..."
Rita Lee

 





 

Clarice,

"as palavras me antecedem e ultrapassam, elas me tentam e me modificam, e se não tomo cuidado será tarde demais: as coisas serão ditas sem eu ter dito".
 

- eu sou assim...

Iemanjá é o nome da minha esperança



Ê nijé nilé lodô
Yemanjá ô
Acota pê lê dê
Iyá orô miô


Salve, Rainha
Festejo daqui e lá
Meu coração em Agradecimento.

Obrigado, Mãe!