quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

domingo, 19 de janeiro de 2014

***

A lua desta noite
de tão linda
está me 
transtornando.


mais que poesia

A lua rodando entre as estrelas




Charcos lunares se abateram sobre mim. A intenção era dormir para estar no sonho. Bem madrugada de 19 de janeiro atemporal. Acordado entre o orixá na cabeça e o desejo na boca. Fome. Sede. Vento no centro daquele calor. Hoje. Lugares noutro especial: eu lia os olhos negros que não me viam em um terminal de Paris. Escrevia para cessar minha fala; subtraia, somava, mas não dividia. O calor. Tessitura de uma escrita normal para abraçar o silêncio. E a lua me absorvendo como canção como cinema. O olho cansado das buscas para a boca ávida sem me deixar dormir. Medo. O especial do lugar que não esteve: olhos negros cruéis tentadores numa dança sem Carnaval ou sem alegria, com poesia, na lembrança restando Paris.

A lua trouxe para mim o nome daquela cidade,

o domingo me despertou domingo...

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Beijo

eu sei que falta cor
é sem forma
e passarela
mas com o ímpeto do amor:

tasque-me este poema.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Cachoeira de mim



Há lugares que nunca saírão da gente
São a alma da gente
Mobilizando emoções.

Bethânia: a alma na cara



É como se eu estivesse de frente a um poema que aos poucos  fosse se revelando especial, diferente, raro, legal, enfim, bonito.

São traços e lugares de muitos sentidos no rosto de Maria Bethânia. Tão incomum que, os mais comuns, já atestaram de feio. A fotogenia é impressionante; ela nasceu com a cara que carregaria aquela voz, naquele canto, para fazer conosco o renascimento da beleza real: final e sempre inventada como as verdades que nos guiam.

Sinto alegria ao olhar para ela: é como uma paixão contínua, correspondida, que me põe no lugar da plena satisfação...  Mas nunca é plena porque eu saio de lá à caça de outros sinais, outros sons, outras formas que me mobilizam à profunda admiração que trago e levo pela artista... A mulher é linda e a artista magistral poema que me alia  à minha própria criatividade.

Por dentro

(hoje)

um cantinho
para eu ser
o que de fato
sou.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

MB


pra ganhar noites, tardes, manhãzinhas...
continuar entre o tilintar das águas doces
e o sol que só faz animar.

pra agarrar a poesia e se soltar por ela
força e doçura, silêncio e gargalhada.

a fala que enfeita
e o estar onírico
desta mulher que
(en) canta.