P/ Chiquinho
Uma história para ser contada de dentro da emoção. Segurar nas mãos os CDs e lembrar de músicas que devassam a alma e , em mim, aumentam a solidão. Trilhar minha desistência inicial desta banda que me colocava no centro da minha agonia. É isso: com os Los Hermanos tudo de errado estava comigo. Eu não aguentava aquela tristeza que era minha e a falta de alguém tornava-se insuportável ao som dos "barbudos de Chiquinho".
Foi uma sonoridade que me invadiu e me fez amar e a vivenciar uma das imagens mais lindas da minha vida: um show na Concha Acústica do TCA. Ali eu vivi o amor a adoração de milhares de jovens por uma banda. Eu estava, em ressignificância, assistindo a um show dos Beatles e gostando mais porque era: Los Hermanos.
Hoje, tenho paixão e saudade deles. Tomara que retornem. E viajo na saudade do que nunca foi quando eles insistem assim:
Eu encontrei quando não quis mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pr'eu merecer
Antes um mês e eu ja nao sei...
E ate quem me vê lendo o jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei
E ninguem dirá que é tarde demais,
Que é tao diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe pequena...
Lá vai
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola
Eu te encontrei e quis duvidar tanto clichê deve nao ser
Você me falou pr'eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor
E só de te ver eu penso em trocar a minha tv
Num jeito de te levar a qualquer lugar que você queira
E ir onde o vento for
Que pra nós dois sair de casa ja é se aventurar
Me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar
E se o tempo for te levar eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar
Rodrigo Amarante ( Último Romance)
P.S.: Agora chorando, dedico inteira esta postagem a Chiquinho, meu amigo jornalista que mora em meu coração. 19 de maio, parabéns!
Marlon, temos tanta coisa em comum. que alegria ver tuas palavras sobre meus barbudos. Eu estava naquele show da Concha e ali se repetia, em mim, o fascinio que senti no primeiro show que vi no Othon. A partir daquele dia a banda se tornava outra coisa, gingantesca e hoje ouço, choro, rio, sinto-me vivo com eles.
ResponderExcluirAhh, parabéns pela tua vida, mesmo atrasado. beijo