segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Lady in Satin


Ouvi-lo é alcançar toda melancolia que há no mundo. Ou talvez, em maior proporção, toda melancolia que há em mim. O curioso é que além de me deixar muito triste, ouvir este CD me deixa cheio de tesão, a libido me domina e eu singro, mentalmente, os corpos que mais desejei na vida. A maior cantora do mundo está ali se despedindo e eu choro todo. O sentimento do mundo é meu e lembro a presença doce de alguém que não passa quando Billie Holiday canta e, neste disco, eu sinto ainda mais fortemente. É porque sou tolo. E só sei amar como tolo. Bebendo o que tiver mas ouvindo só Lady in Satin, maestria da Lady Day.

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