domingo, 3 de novembro de 2013

Saudades do que não houve



Manhã chuvosa de domingo sempre frio
Me trouxe a ausência que não me deixa
Me encerrou na dura certeza
Do tempo esgotando o sonho de amar.

Molhado nos cabelos e nos pés
Sem liberdade na imaginação
Pousei os olhos sobre o retrato
Carreguei a velha camisa no colo
Lembrando o sentido da eternidade.

Me despistei de mim
Para ter chance de sair
Enfrentar domingo e chuva
E cumprir a vida frente ao barulho
Do silencio desta ausência que não se aparta
E sempre anuncia o que eu já deveria ter esquecido.

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