terça-feira, 24 de novembro de 2009

50 anos de Cel: vermelho ao meio do azul

Xangô
Cidade


Ponta de Areia

Angela Ro Ro


Blog também é lugar de felicitação e de intimidades. Hoje, 24 de novembro, a especialidade se impõe, aniversário da onipresente Diva Vieira Passos, minha mãe, memória que sempre me faz bem!
Também, na festa da vida presente, hoje cinquenta anos se desenham no céu da Bahia: Celeste Rivas, a espanhola filha dileta de Xangô, chega a meio século iluminando a sua e as nossas existências. Brava professora com alma e escrita de poeta - cidadã nascida neste lugar cada vez mais difícil, a cidade do Salvador.
Toques de Atabaques: Alujá para o Senhor da Justiça - que sua filha dance de saúde amor prosperidade e alegria... Amor, esta força maior, não a deixe perder a meninice que a fará eternamente jovem. Que Angela, a Ro Ro, rasgue seu canto na vitrola de Cel e o mundo seja menos bundão hipócrita monocromático inrustido! O céu balança fogo e o mar brinca sereno de levar barquinhos. A vida se reinventa e ela, Celeste, me presenteia assim:
"Irmão Luz,
Foram tantas trevas e luzes neste tão pesistente meio século de existência, que o maior presente é voltar o olhar para trás e agradecer a todos os seres divinos e humanos, que me acompanharam nesta estrada, hora a iluminar os meus passos, hora a me abrigar no colo.Você fez e faz parte desta história. História de uma senhora-menina , traduzida na história de tantas outras senhoras-meninas, que brinca todos os dias com a felicidade, mesmo quando ela se esconde atrás da desesperança. Muito amor para todos nós, recheado de carinho, respeito, admiração e paz !"
e continua assim:
50 anos

Aldir Blanc e Cristovão Bastos



Eu vim aqui prestar contas
De poucos acertos
De erros sem fim.
Eu tropecei tanto, às tontas,
Que acabei chegando No fundo de mim.
O filme da vida
Não quer despedida
E me indica, acha a
momento que foi vivido
Venha de onde vier
Ninguém lembra porque quer
Eu beijo na boca de hojeAs lágrimas de outra mulher
Cinquenta anos são bodas de sangue
Casei com a inconstância e prazer,
Perdôo a todos, não peço desculpas
Foi isso que eu quis viver
Acolho o futuro de braços abertos
Citando cartola: "Eu fiz o que pude"
Aos cinquenta anos, insisto na juventude!
P.S.: Pelos meus erros, todo dia faço 50 anos... Faço com intensidade doendo sonhando querendo. Faço na leve inspiração, no carinho e na confiança que deposito em tanta gente. Faço em minhas entregas diárias, na verdade do que me dá Fé, o maior combustível da minha vida; faço em separações e no meu quase esquecimento, porque até aí eu sou quase, mas faço sempre o que posso - do meu jeito tosco, às vezes sóbrio, outras ébrio - na profissão, na amizade e no amor. Tudo é do meu jeito e a partir de hoje, faltando alguns anos para 50 cronológicos, não peço desculpa a mais ninguém, me afasto e me apago em muitos, e sigo sozinho acompanhado de uma única certeza: fui inteiro e justo com todos, muitas vezes não comigo. Sigo neste meu peso clariceano, o que mais sou na vida e, insisto em me inspirar na grandeza artística de Maria Bethânia. Faço hoje, cinquenta anos ao lado de minha irmã-luz, Celeste Rivas. Jovenzinhos, os dois.

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