segunda-feira, 9 de março de 2009

Clara Nunes


Manhã de março chuvosa e um pouquinho depois: muito sol e calor. Na minha cabeça uma canção: ô areia, ô areia...ô areia, ô areia; Canta Juliana Ribeiro. O telefone toca: mãe Zulmira me liga e me abençoa: mais sol, só que agora o do equilíbrio, o da proteção. O telefone toca novamente: Stella Maris aos meus ouvidos: Iemanjá ratificando-se em mim, no meu Ori, no meu destino... Um início de tarde azulzinha e outra voz na minha cabeça: a de Clara Nunes.
A limpidez de uma força que nós não esquecemos e só agradecemos pela beleza que dela se nos espalhou pela sonoridade que saía dela... O impacto da saudade permanente: Diva Vieira Passos.
Clara rodando no Mar serenou. E esta vontade de ser brasileiro, esse orgulho de ser brasileiro na rota musical dos sambas reinventados por Clara. Minha infância me visitando nesta manhã de março e eu só escapo pelas vias da poesia; sem muito esforço: Clara sambando A Deusa dos Orixás, Guerreira, Coração Leviano. Esta música inscrita na minha memória me empurrando para um ideal de brasilidade que me alenta e nela, eu sinto vontade de ser eterno existindo no Brasil. Vive Clara Nunes.

Nenhum comentário: