segunda-feira, 12 de maio de 2014

Maio



É maio,

noitinha de 12 de 2014

há vento, há flores, há frio...

serenado estou como deve ser Outono,

sem festa, sem discurso, sem personagem...

eu doendo um pouco

fazendo silêncio para orquestrar o salto

movimentado à beira da lua,

extasiado com o que renasce

sob o nome de poesia.

escrevendo feito missão

ao Tempo.

sábado, 10 de maio de 2014

Da humana poesia



p/maria bethânia
ela é superfície e profundidade,
amálgamas míticos e humanos
em um ser raro, único;

ela se faz forma e conteúdo
contrariando classificações
ao se rasgar de paixão no palco
ao se recolher à solidão da casa;

ela é a dita ponte
entremeio de porta e escada,
acima de tudo, nela
há caminho;

uma voz que me orienta
em sentimentos que me confundem:
o canto;

todo ardor está ali,
todo frescor também;

o abraço é tangível
o olhar solturas no espaço:
e a fala!
domínio das palavras
na sanha do encanto;

ela,
flutuante sobre os comércios,
superfície e profundidade,
enfeita mundos
nos tons sérios fortes seus
da beleza...

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Maio é o feminino em mim



O feminino vive a me rondar e a me encher de inspiração proteção estesias: eu tinha que ter nascido em maio, outono nos trópicos, colado à imagem de Maria, sendo, em muitos sentidos, mariano, seguindo em águas incolores verdes azuis branco-leitosas, alma perfume, cheio de fé.

Maio é o feminino que me põe de pé. Como setembro!

sábado, 3 de maio de 2014

no quase

tá tudo quase
quase é uma perversão em mim
é uma perversidade.

Sob o peso

O barulho nos veste
ao invés de nos deixar
nus.