eis que temo.
e temo por acreditar demais.
barulho insuportável da esperança
que me acorda toda manhã
entre risos e dores, cores e
meu íntimo mais obscuro.
temo.
nesta vida que enceno
desconverso e confesso
ainda que pura solidão
adoro me saber vivo.
e entrever minha escrita
denúncia grito de socorro
oração ao mar
rasgo político aceno
anti-modelos, erro.
reverência ao que amo.
silêncio...
e esperança sem saber
no que como caminhar.