segunda-feira, 30 de março de 2015

Do temor



eis que temo.

e temo por acreditar demais.

barulho insuportável da esperança

que me acorda toda manhã

entre risos e dores, cores e

meu íntimo mais obscuro.


temo.

nesta vida que enceno

desconverso e confesso

ainda que pura solidão

adoro me saber vivo.


e entrever minha escrita

denúncia grito de socorro

oração ao mar

rasgo político aceno

anti-modelos, erro.

reverência ao que amo.


silêncio...


e esperança sem saber

no que como caminhar.

meu lugar

sou erradicado em salvador

projetado para o rio

a nascer em qualquer lugar.

sábado, 14 de março de 2015

Para Stella Maris



porque toca meu coração

e em miragem acho que

ouço sereia e canção...


mas não,


eu a inventei

como inventa o ar o voo

o pássaro...


seu canto me é invenção

celebração das ondas batendo

em pedras e areia


sutil e gigante

sem carência de ornamentos

só letra e música


e o sentimento

desta mulher

filha de Iemanjá!


Pela poesia





um instante em mim
que me dura a vida

lava meu semblante
me acompanhando
pelo mundo

num voo profundo
me são asas.

salvaguarda-me o sentido
de eu ter morada...

de alguma forma neste planeta
em letras azuis e verdes
no escrito de um livro d'água

eu pertenço

à Baía de Todos os Santos .


P.S: neste dia, 14 de março, viva a POESIA viva da Baía da minha cidade

segunda-feira, 9 de março de 2015

Leia na minha camisa



letras da paixão
é
amor

quinta-feira, 5 de março de 2015

Nos arredores da palavra: meu centro!




Conto com a palavra
Para desenhar a mim
Indo em mim mesmo.

Indo,
Nisso de choro,
De riso.

Indo.

Até que saiba
Quando calar e
Seja a minha cena

A mais profunda
Verdade.