segunda-feira, 30 de março de 2015

Do temor



eis que temo.

e temo por acreditar demais.

barulho insuportável da esperança

que me acorda toda manhã

entre risos e dores, cores e

meu íntimo mais obscuro.


temo.

nesta vida que enceno

desconverso e confesso

ainda que pura solidão

adoro me saber vivo.


e entrever minha escrita

denúncia grito de socorro

oração ao mar

rasgo político aceno

anti-modelos, erro.

reverência ao que amo.


silêncio...


e esperança sem saber

no que como caminhar.

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