quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dança, música e coração

Meu coração se me ocupa de muitas inverdades,
atravessa o doce de mim para temperar-me de vida.
E como me bate e me avisa este coração meu...
Ampliando meus mistérios nesta força daqui
que me obriga ao sim e eu aceito.
Parece desleixo mas é anseio coronário
fluindo o amor que me nomeia...
Eu vivo a me enxergar dali
ao meio de veias entre pele e sangue
sou-me este comando do se querer
amar.
Nada pode ser pensamento,
o que vivo é um signo entre
palavra escrita e silêncio
a navegar tormentas existenciais...
Estou-me numa função de vida
E percebo cada acerto que me faz
continuar...
É uma música à dança
- só minhas -
No entrever das dele
Que deixou de vibrar por mim.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Descansar de mim

Praia do Francês - Maceió

Por me dever instantes assim... Acordar distante em algum lugar litorâneo do Nordeste brasileiro e ser mar azul ensolarado na alma escolhendo os pensamentos e agradecendo... Serenar ao lado de alguém e não precisar imaginar que a felicidade está em climas temperados... Ter silêncio e movimento banhando meu corpo em sua sede de amor... Roupas brancas e poucas falas na deixa inexata do carinho constante... Sem faltar dinheiro numa brincadeira sem tempo para acabar. Lugar de mim. Água salutar e sol. Essas são as férias que me perseguem - em Maceió, talvez.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

John Keats: o brilho de uma paixão ( o filme)


John Keats foi um típico poeta da escola romântica e se perdeu como tal. Achou-se na maneira da entrega total e fez de sua própria vida um livro de páginas marcantes, delirantes e trágicas. Amou como um romântico. Viveu seus delírios de artista e faleceu sob a égide do amor profundo sem poder experienciá-lo; sem tempo para vivê-lo. Morreu aos 25 anos, enviuvando uma mulher sem tocá-la sexualmente... A história desta paixão é o novo filme de Jane Campion e, com certeza, é um espetáculo de alumbramento para corações ávidos de poesia, amor circulando pelos ares fortes da paixão. Uma tal de Fanny Brawne - e aí - a ideia inteira do que se é entrega em nome do fogo que nos arde. Tive saudade da vida - chorei como quem chora a própria morte!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Maria Bethânia, saudações à vida!


Sua síntese é arte. Ela em suas auto-descrições no que sempre aparece mas é puro mistério. Deveras beleza que chega aos olhos mas ninguém toca. Ela é do seu jeito - a distância que a mitifica e o palco que a consagra. Maria é uma espécie de movimento a favor da vida e com prazer.

Sol e Brisa


Faço brisa por fora e,
Ponho o sol para dentro de mim.

sábado, 19 de junho de 2010

Discurso na Academia Sueca durante a cerimônia de entrega do Nobel de Literatura, José Saramago

O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever. As quatro da madrugada, quando a promessa de um novo dia ainda vinha em terras de França, levantava-se da enxerga e saía para o campo, levando ao pasto a meia dúzia de porcas de cuja fertilidade se alimentavam ele e a mulher. Viviam desta escassez os meus avós maternos, da pequena criação de porcos que, depois do desmame, eram vendidos aos vizinhos da aldeia. Azinhaga de seu nome, na província do Ribatejo.

Chamavam-se Jerónimo Melrinho e Josefa Caixinha esses avós, e eram analfabetos um e outro. No Inverno, quando o frio da noite apertava ao ponto de a água dos cântaros gelar dentro da casa, iam buscar às pocilgas os bácoros mais débeis e levavam-nos para a sua cama. Debaixo das mantas grosseiras, o calor dos humanos livrava os animaizinhos do enregelamento e salvava-os de uma morte certa. Ainda que fossem gente de bom caráter, não era por primores de alma compassiva que os dois velhos assim procediam: o que os preocupava, sem sentimentalismos nem retóricas, era proteger o seu ganha-pão, com a naturalidade de quem, para manter a vida, não aprendeu a pensar mais do que o indispensável.

Ajudei muitas vezes este meu avô Jerónimo nas suas andanças de pastor, cavei muitas vezes a terra do quintal anexo à casa e cortei lenha para o lume, muitas vezes, dando voltas e voltas à grande roda de ferro que acionava a bomba, fiz subir a água do poço comunitário e a transportei ao ombro, muitas vezes, às escondidas dos guardas das searas, fui com a minha avó, também pela madrugada, munidos de ancinho, panal e corda, a recolher nos restolhos a palha solta que depois haveria de servir para a cama do gado. E algumas vezes, em noites quentes de Verão, depois da ceia, meu avô me disse: "José, hoje vamos dormir os dois debaixo da figueira". Havia outras duas figueiras, mas aquela, certamente por ser a maior, por ser a mais antiga, por ser a de sempre, era, para toda as pessoas da casa, a figueira.

Mais ou menos por antonomásia, palavra erudita que só muitos anos depois viria a conhecer e a saber o que significava. .. No meio da paz noturna, entre os ramos altos da árvore, uma estrela aparecia-me, e depois, lentamente, escondia-se por trás de uma folha, e, olhando eu noutra direção, tal como um rio correndo em silêncio pelo céu côncavo, surgia a claridade opalescente da Via Láctea, o Caminho de Santiago, como ainda lhe chamávamos na aldeia. Enquanto o sono não chegava, a noite povoava-se com as histórias e os casos que o meu avô ia contando: lendas, aparições, assombros, episódios singulares, mortes antigas, zaragatas de pau e pedra, palavras de antepassados, um incansável rumor de memórias que me mantinha desperto, ao mesmo tempo que suavemente me acalentava. Nunca pude saber se ele se calava quando se apercebia de que eu tinha adormecido, ou se continuava a falar para não deixar em meio a resposta à pergunta que invariavelmente lhe fazia nas pausas mais demoradas que ele calculadamente metia no relato: "E depois?". Talvez repetisse as histórias para si próprio, quer fosse para não as esquecer, quer fosse para as enriquecer com peripécias novas.

Naquela idade minha e naquele tempo de nós todos, nem será preciso dizer que eu imaginava que o meu avô Jerónimo era senhor de toda a ciência do mundo. Quando, à primeira luz da manhã, o canto dos pássaros me despertava, ele já não estava ali, tinha saído para o campo com os seus animais, deixando-me a dormir. Então levantava-me, dobrava a manta e, descalço (na aldeia andei sempre descalço até aos 14 anos), ainda com palhas agarradas ao cabelo, passava da parte cultivada do quintal para a outra onde se encontravam as pocilgas, ao lado da casa. Minha avó, já a pé antes do meu avô, punha-me na frente uma grande tigela de café com pedaços de pão e perguntava-me se tinha dormido bem. Se eu lhe contava algum mau sonho nascido das histórias do avô, ela sempre me tranqüilizava: "Não faças caso, em sonhos não há firmeza".

Pensava então que a minha avó, embora fosse também uma mulher muito sábia, não alcançava as alturas do meu avô, esse que, deitado debaixo da figueira, tendo ao lado o neto José, era capaz de pôr o universo em movimento apenas com duas palavras. Foi só muitos anos depois, quando o meu avô já se tinha ido deste mundo e eu era um homem feito, que vim a compreender que a avó, afinal, também acreditava em sonhos. Outra coisa não poderia significar que, estando ela sentada, uma noite, à porta da sua pobre casa, onde então vivia sozinha, a olhar as estrelas maiores e menores por cima da sua cabeça, tivesse dito estas palavras: "O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer". Não disse medo de morrer, disse pena de morrer, como se a vida de pesado e contínuo trabalho que tinha sido a sua estivesse, naquele momento quase final, a receber a graça de uma suprema e derradeira despedida, a consolação da beleza revelada.

Estava sentada à porta de uma casa como não creio que tenha havido alguma outra no mundo porque nela viveu gente capaz de dormir com porcos como se fossem os seus próprios filhos, gente que tinha pena de ir-se da vida só porque o mundo era bonito, gente, e este foi o meu avô Jerónimo, pastor e contador de histórias, que, ao pressentir que a morte o vinha buscar, foi despedir-se das árvores do seu quintal, uma por uma, abraçando-se a elas e chorando porque sabia que não as tornaria a ver.
P.S.: Este texto, que me comoveu muito, foi enviado por meu amigo, pai de Açucena, Iuri Bob. Veio na hora certinha e lotado de imagens. Que bom seria quer nós nos revolucionassêmos e vissêmos no simples, na sabedoria existencial, cotidina a grandeza da qual a vida não pode prescindir. Mas não, estamos todos contaminados em nossos projetos messiânicos, em nossa ânsia de reconhecimento e fama, em nossa fatídica vaidade livresca, apartados da natureza, e sem tempo e nem vontade de olhar para o lado e ver de verdade a gente como os avós de Saramago, já que ser como eles é impossível para nós adoecidos de uma tal civilidade dentro e fora das ideações capitalistas. Saramago também estava nessa falta, por isso ganhou o Prêmio Nobel de Literatura.



sexta-feira, 18 de junho de 2010

Maria Bethânia, 64 anos!

Maria ( décimo oitavo dia)


Que seja ainda mais criativa sua presença na Música Popular Brasileira.
Que sua voz escreva poemas e inspire mais canções.
Que seu tempo físico nos ilumine de paixão e sentir, quereres.
Que o Brasil se veja nos signos que sua arte imprime.
Que tenha mais shows, DVD's, CD's e livros cantados...

Oyá de lá até aqui se manifesta em seu corpo-canto e a gente agradece por isso.

Bravo, minha senhora cantora!
P.S.: 18 de junho de 2010: aniversário de 64 anos de Maria Bethânia.

Adeus, Saramago

Saudades ficam... Pela luta por justiça social constante e pela grande literatura. Sua morte cala palavras. Que se faça silêncio!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Maria Bethânia, naqueles lugares

Maria ( décimo sétimo dia)

"Arrumar a vida, pôr prateleiras na vontade e na ação.

Quero fazer isto agora, como sempre quis, com o mesmo resultado;

Mas que bom ter o propósito claro, firme só na clareza, de fazer qualquer coisa!
Vou fazer as malas para o Definitivo,

Organizar Álvaro de Campos,

E amanhã ficar na mesma coisa que antes de ontem — um antes de ontem que é sempre...

Sorrio do conhecimento antecipado da coisa-nenhuma que serei.

Sorrio ao menos; sempre é alguma coisa o sorrir...

Produtos românticos, nós todos...

E se não fôssemos produtos românticos, se calhar não seríamos nada.

Assim se faz a literatura...

Santos Deuses, assim até se faz a vida! "

Álvaro de Campos

Para ela,

como forma de alívio e sentido e vontade e coragem de chegar em algum lugar,

e investido pela força dela que nos arde os olhos e nos faz chorar,

e perdido neste lado da plateia tão distante do palco,

e incapaz de estabelecer conexões,

só os olhos vendo,

a boca acompanhando sons,

a pele arrepiada em palavras;

muita falta de ar,

e a paixão querendo ser,

e as mãos sem toque,

aquilo que se realiza,

nítida pesquisa do lugar que se quer ter;

marca da mulher espelho,

e a voz da qualidade,

e a ventania,

e o mar,

e as folhas,

e as estradas,

e as casas,

e os rios,

e a terra,

e os animais,

e o tempo;

o sentimento de envelhecer bem, sublime

mesmo que no plano da elaboração,

ser musa mito rainha poema,

há 64 anos.






quarta-feira, 16 de junho de 2010

Maria Bethânia, Junho

Maria ( décimo sexto dia)
Do poeta para a escritora que escreve com a voz:
Eu sei que é junho, o doido e gris seteiro
Com seu capuz escuro e bolorento
As setas que passaram com o vento
Zunindo pela noite, no terreiro
Eu sei que é junho!

Eu sei que é junho, esse relógio lento
Esse punhal de lesma, esse ponteiro,
Esse morcego em volta do candeeiro
E o chumbo de um velho pensamento

Eu sei que é junho, o barro dessas horas
O berro desses céus, ai, de anti-auroras
E essas cisternas, sombra, cinza, sul
E esses aquários fundos, cristalinos
Onde vão se afogar mudos meninos
Entre peixinhos de geléia azul
Eu sei que é junho!
Alceu Valença

terça-feira, 15 de junho de 2010

Maria Bethânia: rotas da criação

Maria( décimo quinto dia)
A beleza é alívio nos caminhos. Ela se faz mais pergunta que resposta e é maior quando confunde. Quando quebra padrões e propõe e acende luzes sobre as imperfeições do estabelecido. A beleza é maior quando compõe narrativas e musica o cotidiano e reinventa possibilidades de vida e realização quando senão tudo seria insucesso marcado pela invisibilidade social. A beleza é maior quando singra o sim da diversidade e o tempo passa mas ela se amplia porque dos olhos parte para alma e ressignifica a sensibilidade que sábia norteia o humano para o que realmente fica.
A beleza é a presença impostada de uma mulher inscrita no signo da canção, que se roda em rezas, desértica ao meio da multidão, movida pela palavra perfeita, envelhecendo como charme e criação... A beleza é feminina nascida no interior de um lugar e quando se agita se universaliza dentro da poética que faz. A beleza é construto da comoção quando o olhar contempla a presença de Maria Bethânia.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Maria Bethânia, Explode Coração

Maria ( décimo quarto dia)
A canção Explode Coração, do saudoso Gonzaguinha, se confunde com a eternidade de sua verdadeira dona: Maria Bethânia. Um levantar de "basta! eu prefiro o amor". E a gente vai cantar isso eternamente. Coisas do êxito da poesia sonorizada a que chamamos de canção. Na imagem, A rainha linda e suada em sua tarefa de explodir paixão na gente.

A letra:

Chega de tentar dissimular e disfarçar e esconder
O que não dá mais pra ocultar e eu não quero mais calar
Já que o brilho desse olhar foi traidor
E entregou o que você tentou conter
O que você não quis desabafar


Chega de temer, chorar, sofrer, sorrir, se dar
E se perder e se achar e tudo aquilo que é viver
Eu quero mais é me abrir e que essa vida entre assim
Como se fosse o sol desvirginando a madrugada
Quero sentir a dor desta manhã

Nascendo, rompendo, rasgando, tomando, meu corpo e então eu
Chorando, sorrindo, sofrendo, adorando, gritando
Feito louca, alucinada e criança
Eu quero o meu amor se derramando
Não dá mais pra segurar, explode coração...
Gonzaguinha

domingo, 13 de junho de 2010

Fernando Pessoa, o inesquecível


Ele aniversaria hoje. Senhor daquela intensidade que me silencia e quando o leio, desisto de escrever. Não sei se os textos acima são de sua autoria, mas eles nos indicam uma reflexão pessoana, algo que rasga a alma sem exageros verborrágicos e indicam que a vida só na forma da intensidade. Sou devedor de usas palavras, me alimento de seus poemas, recebo todos os desdobramentos da sua genialidade e amo a ideia Lisboa por causa dele. Meu favorito, marítimo e desbravador contemporâneo português e me ensaio no que faço porque me entendo no que vejo - meu destino de menino intenso e leitor - nos escritos de Fernando como em composições populares de Caetano e voz gigante de Bethânia. Escritos no escaninho de mim que espalhei por quem passou ao meu redor; que dediquei a quem mais amei e que até hoje me colorem nesta difícil arte de querer sentir e de querer amar. Parabéns, Fernando. Minha alma está inscrita em sua Pessoa.

Salve Santo Antonio: décimo terceiro dia da trezena

Santo Antônio
Maria
Fernando

Poderoso Antônio,
Marcam-se em alegria treze dias da sua trezena.
Conclui-se, ao modo do nosso povo brasileiro,
Festejos que te rogam e lembram,
Atende aos pedidos inscritos no meu coração
E que Lhe disse aos ouvidos de sua imagem sagrada.
Santo Santo Santo Santo - emblema de união!
O amor está na gente e alimenta a canção.
Santo Santo Santo Santo - me vigora sempre
Voo pelas asas da minha fé
E Lhe faço esta festa.
Treze dias de reza no espaço virtual
Entregue ao seu poder de luz
Maior que qualquer tecnologia.
Louvado seja Antônio dos nossos dias!

Para clarear a festa, eu trouxe dois geminianos como Vós; o lisboeta Fernado Pessoa, nascido a 13 de junho, pura poesia; e a minha conterrânea Maria Bethânia nascida a 18 de junho, rainha dos palcos brasileiros, Sua devota fervorosa. Circularidades da humanidade que mais do que nos aproximam, nos traduzem entre arte mística e Fé!

Nossos convidados assim:


Passagem das horas - Álvaro de Campos


"Não sei sentir,não sei ser humano,
não sei conviver de dentro da alma triste,com os homens,meus irmãos na terra.
Não sei ser útil,mesmo sentindo ser prático,quotidiano,nítido.
Vi todas as coisas e maravilhei-me de tudo.
Mas tudo ou nada sobrou ou foi pouco,não sei qual,e eu sofri.
Eu vivi todas as emoções,todos os pensamentos,todos os gestos.
E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.
Amei e odiei como toda a gente.
Mas para toda agente isso foi normal e institivo.
Para mim sempre foi a excepção,o choque,a válvula,o espasmo.
Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto demais ou de menos.
Seja como for a vida,de tão interessante que é a todos os momentos,
a vida chega a doer,a enjoar,a cortar,a roçar,a ranger,
a dar vontade de dar pulos,de ficar no chão,
de sair para fora de todas as casas,
de todas as lógicas,de todas as sacadas,
e ir ser selvagem entre árvores e esquecimentos."

Maria Bethânia, dizer poesias

Maria( décimo terceiro dia)

Musa que se sagra

Palavra bem dita;
Todos os lugares
Da minha audição.
Sereia dos palcos
Águia dos ares
Raios e Trovão.
Mulher do se aparta
Luminosidade descrita
Na força da canção.
Mulher do se achega
No eco centelha
Da sua voz em
Nossa emoção.

sábado, 12 de junho de 2010

E por causa do destino...


Ontem ventava na entrada da esperança. Alguma alegria se desenhava no apagado dos olhos e sem saber o destino investia-se a favor. Ontem era o tempo do manhã norteando a pueril certeza do futuro; sempre em construção, sempre em sua face de melhoras. Ontem até hoje de manhã fez vento, fez sol e o sentimento era esperança. Algo manifestado na alma pronta para escrever e dizer ao mundo sobre substâncias invisíveis que combinam na gente: paz fé esperança alcance amor.
E até muito sempre assim deve ser. Por causa do destino.

Avante, Nigéria!

Depois do Brasil, eu sou Nigéria! Odô Iyá, Epa Babá!

Maria Bethânia, enigmas!

Maria ( décimo segundo dia)
Tantas vezes , claríssima! Nas melhores, mistério. Uma voz que se nos dói mas entrega o continuado prazer; o que pouco vacila e quando, ilumina-se em uma espécie de força que aqui chama-se talento fazendo acontecer.
Altiva menina de quase 64;a águia que se esconde sendo o medo de fenecer mas ela dita. E voa. Aterrisa para trazer canções, embalar sonhos, consolar desilusões ou simplesmente doer... Maria, sua saga artística é espelho de uma vida que sempre se quis vitoriosa. E seu mistério é sua senha de acesso para o melhor que o Universo reserva para nós. Bravíssima!

Santo Antonio: décimo segundo dia da trezena

Santo Antônio é o Santo mais popular do Brasil e, também, é conhecido por ser o Padroeiro dos pobres, Santo casamenteiro, sempre sendo invocado para se achar objetos perdidos.

A VIDA DE SANTO ANTÔNIO

Fernando de Bulhões (verdadeiro nome de Santo Antônio), nasceu em Lisboa em 15 de agosto de 1195, numa família de posses. Aos 15 anos entrou para um convento agostiniano, primeiro em Lisboa e depois em Coimbra, onde provavelmente se ordenou. Em 1220 trocou o nome para Antônio e ingressou na Ordem Franciscana, na esperança de, a exemplo dos mártires, pregar aos sarracenos no Marrocos. Após um ano de catequese nesse país, teve de deixá-lo devido a uma enfermidade e seguiu para a Itália. Indicado professor de teologia pelo próprio são Francisco de Assis, lecionou nas universidades de Bolonha, Toulouse, Montpellier, Puy-en-Velay e Pádua, adquirindo grande renome como orador sacro no sul da França e na Itália. Ficaram célebres os sermões que proferiu em Forli, Provença, Languedoc e Paris. Em todos esses lugares suas prédicas encontravam forte eco popular, pois lhe eram atribuídos feitos prodigiosos, o que contribuía para o crescimento de sua fama de santidade. A saúde sempre precária levou-o a recolher-se ao convento de Arcella, perto de Pádua, onde escreveu uma série de sermões para domingos e dias santificados, alguns dos quais seriam reunidos e publicados entre 1895 e 1913. Dentro da Ordem Franciscana, Antônio liderou um grupo que se insurgiu contra os abrandamentos introduzidos na regra pelo superior Elias. Após uma crise de hidropisia (Acúmulo patológico de líquido seroso no tecido celular ou em cavidades do corpo). Antônio morreu a caminho de Pádua em 13 de junho de 1231. Foi canonizado em 13 de maio de 1232 (apenas 11 meses depois de sua morte) pelo papa Gregório IX. A profundidade dos textos doutrinários de santo Antônio fez com que em 1946 o papa Pio XII o declarasse doutor da igreja. No entanto, o monge franciscano conhecido como santo Antônio de Pádua ou de Lisboa tem sido, ao longo dos séculos, objeto de grande devoção popular. Sua veneração é muito difundida nos países latinos, principalmente em Portugal e no Brasil. Padroeiro dos pobres e casamenteiro, é invocado também para o encontro de objetos perdidos. Sobre seu túmulo, em Pádua, foi construída a basílica a ele dedicada.

Devoção

Minha reza pública, Magnífico Santo! Contra o destempero, a desistência, a preguiça, o mal-estar, o empobrecimento, a inveja, a solidão, a doença, o desprazer, a descrença, a incomprrensão. Ocupa-me com sua força e me faz louvar-te no sentido amplo e dialógico da minha cultura. Chega-me nos milagres que preciso encontrar, receber, vê-los em mim realizar-se, assim, Oh, Santo!:

Todos os escritos livros na profissão do prazer estando acompanhado de verdade e gerando mudanças viajando o mundo saindo e voltando na composição que a vida tem que me oferecer. Tenho Fé. Que assim seja, Antoníssimo
!!!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Lázaro Ramos e Taís Araújo visitam e se encantam com o Palacete das Artes Rodin Bahia



A exposição Auguste Rodin: homem e gênio, no Palacete das Artes desde 26 de outubro de 2009, já atraiu mais de 45 mil espectadores, configurando-se como a grande atração museológica da Bahia nos últimos anos. Somam-se a estas visitações um diversificado público ávido para ver de perto a genialidade escultórica de Rodin que é um dos maiores escultores do mundo de todos os tempos.

Na tarde de 10 de junho de 2010, o Palacete das Artes recebeu as ilustres visitas dos atores globais Lázaro Ramos e Taís Araújo, que são casados e estão descansando em nossa cidade. Lázaro Ramos é nascido em Salvador e já conhecia o museu e também já tinha visitado a mostra que homenageia o grande artista francês; aproveitou a ocasião para apresentá-los à sua mulher.

“O museu é belíssimo, já o tinha visitado num dos aniversários do Balé Folclórico da Bahia que aconteceu aqui. Agora, com estas peças de Rodin expostas desse jeito, todas as atenções se voltam para a Bahia que está de parabéns por isso. Trouxe a Taís para ver Rodin em Salvador”, comenta o ator baiano.

A atriz Taís Araújo se mostrou encantadíssima com o que viu: “O museu é lindo, não fica devendo nada a ninguém em lugar nenhum do mundo”. Ela, muito assediada por fãs visitantes e funcionários do museu, se disse muito feliz com a grandeza da mostra: “Quando o Lázaro me disse que eram peças autênticas, originais, pensei: ‘gente quem trouxe isso para cá?! ’, vocês estão de parabéns”, exaltou-se Taís.

Em trajes despojados, bem férias/verão, os atores comentaram que esta exposição deve ser mais vista e que a Bahia ganha com um evento cultural desta envergadura: “Conheço o Rodin de Paris e achei o Palacete das Artes tão lindo quanto”, revelou Taís Araújo. Já Lázaro, questionado sobre possíveis comparações, afirmou: “Não é legal comparar. É maravilhoso ver Rodin aqui na minha cidade; mágico ver O pensador, O beijo de perto e saber que outros terão esta mesma oportunidade”.

Questionado também sobre a peça que mais gostou de apreciar, Lázaro comentou: “Conheço o Rodin de Paris, e mesmo antes, sabia da existência de O pensador e O beijo; aqui, nesta mostra, a peça que mais me encantou foi Adolescente em desespero, é pura expressão, sem os limites do clássico O pensador que é exato; O Adolescente não, expressa sonho, permite imaginação”, concluiu o grande ator.

Ascom/Palacete das Artes: Marlon Marcos (jornalista DRT-BA 2235): entrevista e texto.


Maria Bethânia na pintura do fã

Maria ( décimo primeiro dia)

E nem de medo, de devoção, de idolatria, se trata. É a agonia da tradução. A palavra sendo dita para cortar, para dilacerar, para desenhar outras imagens: a profundidade do real querer. O mar de Sophia na investida de uma escritura querendo se apresentar. A qualidade de uma carreira como modelo, como inspiração, como controle em si mesmo... rotas geradas na canção que se lança de uma garganta formada de paixão. O pé firme mas em movimento, deixando rastros da beleza e se fazendo sublime nas raias brasileiras da cultura popular. Perfilação de mulher-mito, alguns enganos, preços caríssimos mas, a alma de um país se musicando na trajetória altiva e incandescente, fogosa e aquática, um nariz adunco dando direção: bom seria se na política e na educação nós nos espelhassêmos ali.

Santo Antonio: décimo primeiro dia da trezena


Antoníssimo,

Que seja sempre em suas possibilidades, a possibilidade maior de um alívio verdadeiro no peito. A inversão como sabedoria e não como negociação: mudança grande Santo! Hoje, seu décimo primeiro dia - incensado seja seu altar, iluminada seja nossa vida. FORÇA FÉ JUSTIÇA! amadíssimo, em nome do amor, conto com sua ajuda! Sim.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Maria Bethânia, dez dias à festa!


Maria,

E que se possa sempre

Plantar no chão do Brasil

A força do seu canto

E que sejamos inspirados

Pela luz artística da sua presença

A partir dos palcos

Ocupando o vazio de todos nós.

Santo Antonio: décimo dia da novena

Dentro dos lares do povo que lhe clama de Fé.
Acima das veleidades, me acalma Oh! Antonio
Faz-me alcançar as portas da tranquilidade profissional.
Faz-me a minha escrita em acordo com livros
E, mais que tudo, entrega-me a experiência
Do verdadeiro e esperado Amor.

Salve seu décimo dia!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Maria Bethânia e a mão

Maria ( nono dia)


Um dos traços mais significativos e expressivos na arte de Maria é o esvoaçar de sua mão. Ela, a mão, se nos indicando caminhos emocionais sem se negar direitos à razão. Nono dia de abertura comemorativa pela vida da artista - 9 lugares solares e o raio daquela voz sacralizando a audição de um País. Adoração.

Santo Antonio: nono dia da trezena



Recebe esta homenagem à luz dilacerada do meu peito que crê: no amor e na realização; livros e livros, escritos e escritos... Amanheceres na presença de quem se ama! A bênção, meu santo!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Memórias do Mar


Vou escrevendo livremente para ocupar a noção de liberdade que tenho mas não exerço. É manhã nessa minha grafia taciturna e mesmo que com pouca luz, espelho meu rosto e suas imperfeições para os outros. É uma trama sem deleite só delação; um quase gozo horas à frente de uma visão anterior do amor que nunca passou mas, eu penso.

Penso com sofreguidão e ainda assim, escrevo. Quero o livre de me dizer sem medo nem truques; meu dia tem sol e Bahia e sobre o mar daqui me sei dar perdão. Sinto meu próprio gosto ao sentir a vida e faço sexo com este tempo quase dominando-o. Eu o assusto quando evito sentir pena de mim e, escrevo.

Sorrateiramente escrevo com meus erros todos e atiço preces... Os deuses me ouvem porque agora sou mais livre do que eles. Tenho a imensidão de mim, alcanço a todos e não sinto falta de ninguém. Este é o segredo da liberdade: caminhar sem ninguém; sem o barulho do peito confuso ansiando o gostar do outro; sem o ímpeto do encontro; sem os milhões de cartas desrespondidas agredindo o próprio orgulho.

Escrevo para delinear sentimentos... Sinto meu corpo barco, meu corpo peixe, meu corpo pescador, meu corpo sereia, meu corpo amantes na areia, meu corpo vento, meu corpo algas... Invento assim, minhas memórias do mar.

Em cada étimo, a palavra tratando dos meus desejos inconfessáveis no que, por liberdade, eu confesso. Tenho a luz memorial na chegada de um livro. Confesso meus crimes amorosos: ligações intermináveis, bebedeiras incuráveis e meu corpo desenhado na memória minha dos amores que não me nutriram.

Escrevo também para escapar da falta e me alimento nestas palavras salgadas vindas de águas oceânicas das entranhas da baía onde nasci.

Maria Bethânia, alumbramentos

Maria ( oitavo dia)

Há ali imagens de intensa entrega e, sem cansaço, revejo sentimento Billie Holiday. Uma penumbra universal da cantora mais brasileira no mundo atual e compósitos do que nos leva à frente sem estilhaçar o passado. Minha alma no que vejo e me faz incessantemente escrever. Eu vou melhorar assim: sob as asas criativas de uma musa. Na canção, a minha maior.

Santo Antonio: oitavo dia da novena

Pelo amor que sempre haverá!!!

Meu glorioso Santo Antônio, que abrandastes as feras bravias dos campos, os ventos furiosos e os mares tempestuosos, apresentai, ao meu bom Jesus, este pedido meu.

Meu glorioso Santo Antônio, pelos 13 dias que andastes em busca do vosso Santo Breviário, pela agonia que tivestes quando o perdestes, pela alegria que sentistes quando o achastes, intercedei pelo pedido meu.

Meu glorioso Santo Antônio, pelo anúncio que o anjo vos deu na hora da morte do vosso Pai, pela alegria que tivestes quando o livrastes, intercedei pelo pedido meu.



segunda-feira, 7 de junho de 2010

Desses tempos

Eu tenho coisas a fazer. Um trabalho intermediário - uso corpo e alma - para durar entre os que estão e os que ficarão por aqui. Não é nada religioso. É a matéria se querendo mais concreta, menos quântica e buliçosa. Trabalho hercúleo medindo minha capacidade de suportabilidade. Trabalho exato para o alcance dos objetivos que não são meus mas são pois me chegaram neste discurso sociológico desta tal sociedade em que só me vejo incluso quando voto pago imposto ou me embebedo. No último, incluso porque incomodo. Este é um tempo para não se pensar, seguir rumos em outra cidade, secar sonhos ou postergá-los, fechar as janelas, blindar o peito e deixar de frequentar gente. Um tempo para solitários. Fastio da imaginação. Meu corpo e alma negando espírito e indo até o desenho do não grafitado na parede da repartição onde trabalho sem corpo e sem alma. Minha vida paralela entre reentrâncias, reticências e interrogações. Como não pesa o sólido, maior é o vazio da solidão.
E tenho tantas coisas para fazer! No começo, é assim: abro um livro de poesia que fale de morte e morro ali nas páginas; volto reencarnado numa forma minha de escrita, ouço alguma música e, no mais difícil de tudo: me ponho a esquecer.
Esses tempos nem machucam. A memória empertigada, cala diante das faltas. Esses tempos me obrigam à nutrição. Engordo o corpo porque me devo tudo. E saio, sem lamentação, para ocupar-me com o que se deve fazer de bom para si e, às vezes, para os outros. Em algum lugar tem mar. E temo errando à risca Ro Ro em notas de canção sem piano. Este vazio tem sido alto e estridente: bateria à frente do sax que esqueceu de mim. Desabafo livremente e o ano, mais uma vez bem rápido, está acabando. E eu não posso seguir acabado.

A cantora Virgínia Rodrigues nunca brigou com Caetano Veloso

Caetano
Virgínia

Foi com muita indignação que a cantora baiana Virgínia Rodrigues leu, sete dias depois de sua publicação, a inverídica nota assinada por Valdemir Santana, em sua coluna Boa Terra, na Tribuna da Bahia, no dia 25 de maio de 2010, comentando sobre um possível desentendimento entre ela e o cantor e compositor Caetano Veloso, reconhecido como o descobridor da cantora, que atualmente é uma das mais importantes do Brasil.
Virgínia sentiu-se aviltada com o tratamento irônico e desrespeitoso da nota que, antes de ouvi-la, afirmou que a cantora teria acionado na justiça Paula Lavigne, ex-mulher de Caetano Veloso e dona da Natasha Records (sua antiga gravadora), promovendo assim um rompimento entre o famoso santo-amarense e ela.
Para o que serve como notícia, a nota é considerada pela grande dama do canto neste País, como um instrumento de informação “desrespeitoso, abusivo, incompatível com o que deve ser o jornalismo. Ficando bem longe dos propósitos jornalísticos da Tribuna da Bahia, jornal que sempre foi inclinado à apuração dos fatos”.
Além do sentimento de invasão, perfilado por fatos que não ocorreram, se marca na cantora o desejo de que o jornal se posicione a esclarecer este episódio, entendido por Virgínia Rodrigues como sensacionalismo e inverdade, dentro de uma ação jornalística que pode ser entendida com uma espécie de “linchamento moral”.
A cantora é amiga de Caetano Veloso e o tem como um dos artistas mais importantes que a cultura brasileira produziu, além de lhe ser extremamente grata por apresentá-la ao grande público brasileiro e ao mercado fonográfico. E, indiscutivelmente, para Virgínia Rodrigues, Caetano Veloso é o grande responsável por sua carreira no Brasil e, principalmente, no exterior, aonde ela goza de mais prestígio e reconhecimento artístico e popular.

Marlon Marcos
Jornalista (DRT-BA 2235)
Assessoria Comunicacional de Virgínia Rodrigues

Maria Bethânia, os acertos de um País

Maria, sétimo dia. Incendeia a cena e se pensa na solidão. Sete paixões desafiando o futuro. Ela, atributo de amadurecimento limpando muitos desacertos. Rasgando da voz os despropósitos imundos que confundem sua gente. Mito qualificado e representacional no melhor que a cultura popular pode oferecer. Mito contemporâneo em luminosidades musicais. Uma voz em português, canal de muitas universalidades nascidas ali, no interior da Bahia, há 64 anos.

Santo Antonio:sétimo dia da trezena

Santo Antonio de Categeró

Prece ao Beato Antônio de Categeró - (14 de março)

Oh, milagroso Santo Antônio de Categeró,

Valei-me nesta hora de aflição,

Preciso da Vossa ajuda para vencer as lutas do dia a dia e as forças malignas que procuram tirar-me a paz.

Libertai-me das doenças e de todas as bactérias infecciosas que querem contaminar o meu corpo colocando-me enfermidades.

Oh, Santo Antônio de Categeró,

Estendei as Vossas mãos agora mesmo sobre mim,

livrando-me dos desastres, da inveja e todas as obras malignas.

Oh, Santo Antônio de categeró,

Iluminai os meus passos, a fim de que, onde quer que eu vá, não encontre empecilhos,

E guiado pela Vossa luz me desvie de todas as armadilhas preparadas pelos inimigos.

Oh, Santo Antônio de Categeró,

Abençoai a minha família, o meu pão e a minha casa, cobrindo-nos com o véu da prosperidade, do amor, da saúde e da felicidade.

Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo, Amém.



P.S.: Licença ao Antonio Primeiro, em sua trezena, o Antonio de Categeró também é louvado.
















domingo, 6 de junho de 2010

Da tristeza


Hoje a alegria dançou de tristeza e fez festa para solidão. Fez aquele barulho dominical, acendeu todas as luzes, perguntou muito... Hoje , num dia inteiro, a alegria me abandonou e me deixou sem energia. Atravessei pontes indo e vindo sem saber aonde ir. Carreguei-me nas costas e saí contra sol e vento. Meu alicerce cedeu e tenho agora nova missão: reconstruir-me. Pior que escuridão é esse excesso luminoso que me expulsa para dentro de mim. Preciso escapar.

Santo Antonio: sexto dia da trezena


Maria ( sexto dia)

E a vida se pergunta.
A alma se aquieta.
Luz nesses dias, Antonio!
Rege e conduz meus sonhos.

sábado, 5 de junho de 2010

Santo Antonio: quinto dia da trezena


Maria ( quinto dia)

Magnífica luminescência...
Esperança que vigora...
Formas do azul turquesa...
Senhor do azul marinho...
Pedidos sob frio junino...
Foco da voz magistral...
Santo que junta...
Santo que casa...
Marca sensacional...
Foco da voz rainha...
Chuva no Nordeste...
Jeito de Brasil luso-africano.
Traço do masculino...
Espera do feminino...
Nome que espelha...
Entrega na fonte...
Pronome magnânimo...
Santo Santo Santo...
Fruto da compreensão...
Transcendência católica...
Alma de um lugar...
Mote de verdade e luta...
Alcance maior na voz de Maria...
Poesia desfiada em Fé...
Antonio em treze dias...
Atenda meus pedidos...
Amém!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Do amor


O melhor do certo é o improvável

Sandra Simões, voz que milita música


Ela é de uma integridade invejável, além de ser uma grande cantora. Vive a projetar possibilidades inventivas em sua terra, a difícil Bahia. Do samba aos espectros classificatórios ( e ilusórios) do que se chama MPB, esta mulher faz lugar. Agita circo, museu e igreja; quase inteira, é também atriz, mas seu negócio é cantar e sua voz milita por música...
Fez uma das mais duradouras e bonitas homenagens a um patrimônio da Bahia: Caetano Veloso. Projeto de verdade e mais que tudo: de coragem.
Talento e coragem são sobrenome da grande Sandra Simões. Que consegue ainda ser "boa gente", preservando seu "bom caráter".

Por favor, pela música de qualidade que se faz na Bahia, votem:

http://sandra-simoes.conexaovivo.com.br

Maria Bethânia canta no Altas Horas




Sábado, ou domingo mais precisamente, no programa global Altas Horas, esta senhora irá cantar em homenagem aos 50 anos de carreira do grande Tremendão, o imortal Erasmo Carlos. Ela, na TV, uma raridade, cantando, naquilo tudo que sabe fazer, Sentado à beira do caminho... Imaginem só a voz de Bethânia nisso: "Preciso acabar logo com isso/Preciso lembrar que eu existo". Uma etnologia da solidão descrita da garganta da nossa griô...
Ficar em casa; uma garrafa de vinho chileno - sequíssimo! - e, bem depois de fruir o que a cena trouxe, sem sangue: suicidar-se. Paixão é assim.

Santo Antonio: quarto dia da trezena


Antoníssimo,

Seja, em Deus, Louvado...

Em mim: saúde, tranquilidade, inspiração, sabedoria; trabalho feito com entrega e competência gerando prazer; mais que tudo AMOR AMOR AMOR AMOR e escritos escritos livros livros livros livros - tudinho feito por "eu". Amém!

Axé, Bethânia

Maria ( quarto dia)

No fazer silêncio da Fé: a ORAÇÃO do povo brasileiro. Há 64 anos consolidando a união entre Santos e Orixás...

"Isso é pra te levar no meu terreiro
Pra te levar no candomblé
Pra te levar no altar...

Quanto mais pra quem tem Ogum
Missão e paz
Quanto mais pra quem tem ideais e
Os orixás"

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Santo Antonio: terceiro dia da trezena


Maria ( terceiro dia)

Aqui para ser canto e Fé: singrar da voz alheia a presença Santa de um homem! Antonio seja louvado pela voz mágica e junina de Bethânia que parte deste meu peito de Fé. Assim seja neste terceiro dia!!!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Santo Antonio : segundo dia da trezena


Maria ( segundo dia)
Que seria de mim meu Deus
Sem a fé em Antônio
A luz desceu do céu
Clareando o encanto
Da espada espelhada em Deus
Viva viva meu santo

Saúde que foge
Volta por outro caminho
Amor que se perde
Nasce outro no ninho
Maldade que vem e vai
Vira flor na alegria
Trezena de junho
É tempo sagrado
Na minha Bahia

Antônio querido
Preciso do seu carinho
Se ando perdido
Mostre-me novo caminho
Nas tuas pegadas claras
Trilho o meu destino
Estou nos teus braços
Como se fosse
Deus menino.
Jota Velloso