sexta-feira, 11 de junho de 2010

Maria Bethânia na pintura do fã

Maria ( décimo primeiro dia)

E nem de medo, de devoção, de idolatria, se trata. É a agonia da tradução. A palavra sendo dita para cortar, para dilacerar, para desenhar outras imagens: a profundidade do real querer. O mar de Sophia na investida de uma escritura querendo se apresentar. A qualidade de uma carreira como modelo, como inspiração, como controle em si mesmo... rotas geradas na canção que se lança de uma garganta formada de paixão. O pé firme mas em movimento, deixando rastros da beleza e se fazendo sublime nas raias brasileiras da cultura popular. Perfilação de mulher-mito, alguns enganos, preços caríssimos mas, a alma de um país se musicando na trajetória altiva e incandescente, fogosa e aquática, um nariz adunco dando direção: bom seria se na política e na educação nós nos espelhassêmos ali.

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