terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O homem

danço todos os dias
e me esqueço do som que me move...
alguma voz muito longe me indica o ritmo
que eu danço todos os dias à luz do sol escaldante,
danço a favor do amor profundo
a favor do nascimento das florestas
pela pureza das águas do rio
e pela força das águas do mar.
sou-me a dançarina na escrita do poeta
estampada linda na camisa do estudante.
e vago de sofreguidão e luxúria
entre os olhos e a percussão
de uma deixa sagrada sobre mim:
o homem.

Um abraço dado


"Mãos ao alto, isso é um abraço, passe esse calor pra cá"

P.S. Eu preciso tanto...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Criolo e Ilê Aiyê, sem palavras!!!


Só muitas lágrimas! ( Obrigado, minha Adriana Cerqueira!)
"Sou filho de preto, sou brasileiro"

Iemanjá


Lembro-te em mim.
Sou todo o sono bom.
E sonho com teu amor
Minha maior realidade.
Mãe dos pontentados aquáticos
Mulher da minha criação.
Dança que eu agradeço
E tenho o azul solar.
Minha Rainha,
Serenando o que anseio
Sou-me o que sou
- O melhor de mim -
Singrando a roda da tua saia.


P.S. Quase 2 de fevereiro... 2012.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Sem ânimo


Apesar de sábado:
Vontade de não ser
Viver inanimadamente,
Madrepérola, âmbar, areia
Transeunte do nada

Morador do silêncio.
Não ser,

Mas em movimento.
Num instante fictício
De que o futuro existe.
Fazer distância.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Na cadência de fevereiro ( Agradecer e Abraçar)


Motivos para ter a voz e a presença dela. E esperar fevereiro na cadência marítima que comanda minha vida. Abraço e agradeço - Odô Iyá!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A música segundo Tom Jobim

Luminoso. Narrativa cinematográfica disposta a expor uma das obras musicais mais importantes, no mundo, do século XX: a de Tom Jobim. Não tenho o que falar. Gal na abertura, Elizeth Cardoso logo em seguida, João João João... Um filme essencialmente musical: que prazer. Só sentir Henry Salvador e Judy Garland ( não sabia que cantava daquele jeito). E Maysa me detonando na mesma intensidade de Nana Caymmi. Sarah Vaughan, ai meu Deus! Adrianinha Calcanhotto, Chico Buarque. Música e imagens, imagens na música, minhas lágrimas inteiras. Gal e Elis. Música de Tom Jobim e o Rio de Janeiro. Faltou Maria Bethânia. Os maiores ali. As canções do maestro por culpa do poetíssimo Vinicius de Moraes. Queria Caetano Veloso. Tudo, ainda em faltas, foi lindo! Obrigatório. Morri. Revivi. Sonhei. Estando ali, nas escolhas certeiras de Nelson Pereira dos Santos. Faltou Maria Bethânia. Tinha Gal e Elizeth Cardoso. Minha Alaíde Costa (Meu Deus!). Não sei dizer e tinha Sarah Vaughan  e Ella. Tinha sobre mim Nana Caymmi e o próprio Tom. Obrigatório. Imperdível. Orgulho nosso. Mestre Tom Jobim.

O querer

Demarcar o amor.
O querer é assim.

Do eterno

Eternidade é a duração desta saudade em mim.

Eu mesmo

Me personifico para além de mim, trajando o absurdo de nunca deixar de ser eu mesmo.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O perigo em Bethânia

Maria Bethânia e Marlon Marcos ( momento eterno em minha vida)

Perigo é quando ela rasga o mundo do alto da sua serenidade.
Quando a palavra reage ao som e é mais veloz que a luz, é a sua luz.
O instante maior de medo é quando os seus olhos aceleram a sua visão - selando assim, a sua natureza animal, águia ao meio humano.
Os pés descalços, o figurino alvo, a voz no ápice... A dança que se repete sem limitar a beleza; os adereços no palco a expandir a coreografia que ela reinventa.
O risco no mergulho inteiro em um mar musical e o bailar das mãos atiçando os ventos. Amedronta porque voa.
O perigo real é quando desvelo no amor que sente cantando, e aprisiona os seus ouvintes estilhaçados pela voz misteriosa das sereias.

P.S.  A foto mágica foi tirada por Drailton Gomes, no Guararapes em Olinda. Nem sabia e super agradeço a ele por isso.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Elis Regina ( 30 anos sem) - Trem Azul


Amanhã ( 19/01/2012) faz 30 anos que ela nos deixou. Na verdade, nunca deixou. Morreu para se eternizar como a cantora mais prestigiada e considerada a melhor de todos os tempos no Brasil e uma das maiores do século XX, no mundo. A inventividade dela faz falta, aquela voz e força que, ao lado de Maria Bethânia Gal Costa Nana Caymmi, sintetizam a modernidade da canção brasileira. Aqui ela canta Trem Azul; o sol de janeiro em nossa cabeça, meio festa e saudade no orgulho de Elis ter sido da gente. Vou à praia mergulhado na presença musical desta mulher e, depois da crônica Gente, de Caetano Veloso, não tenho muito o que dizer, só sentir, assim como meu amigo Serginho Guerra  frente a Elis. Preparo-me para ouvir minha paixão maior, Maria Bethânia, cantando Buarque, lá no Guararapes em Olinda. Vou festejar a vida Elis, ouvindo hoje, a obra de Elis.

Azul em todos nós.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Gente

Homenagem do jeito dele. Mais que merecida. Dia 19 ela completa trinta anos longe da gente. Viva. Muito viva numa obra deslumbrantemente marcada em todos nós. E ele, genial e amoroso - numa crônica que exprime o poeta que a GENTE tanto ama. Beba Caetano e Elis, amo.

Ouvi Elis pela primeira vez vendo-a na televisão. Foi em Salvador — e nós, os baianos que chegaram ao eixão na esteira da estreia de Bethânia no Opinião, já tínhamos um esboço de visão da música popular numa perspectiva brasileira. Tive reação semelhante à que muitos tiveram: finalmente uma cantora moderna, em pleno domínio de seus recursos aparecia na cena profissional — e já embalad para alcançar massas de ouvintes. Era indubitavelmente um largo passo dado. Éramos todos, Elis e nós, esforços de criação dentro do universo exigente que foi o imediato pós-bossa nova.

Sempre conto que, na minha imaginação, Bethânia, Gal, Gil e eu faríamos algo marcante. Dos quatro, Gal e eu éramos os mais radicalmente joãogilbertianos. E eu talvez mais do que Gal. Bethânia tinha um temperamento e um talento que a levavam para além das marcas estilísticas do supercool de João. Gil, por ser o que mais era capaz de apreender os acordes e as levadas de violão do mestre, sentia-se livre para cruzar a fronteira. Gal desejava entrar cada vez mais fundo no mundo desdramatizado da bossa pura. Eu, que me julgava um observador útil, capaz apenas de contribuir com acompanhamento crítico e conversas teóricas (o que não me impedia de fazer umas musiquinhas), tinha João como paradigma e, por isso, interessava-me pelo desvelamento do ser da canção como forma. Assim, o canto e violão dele se opunham, dentro de mim, ao samba-jazz dos grupos instrumentais (ou voco-instrumentais) que se desenvolveram no Beco das Garrafas. Elis, cantando na TV, num videotape dos que chegavam de avião às províncias (ainda não havia televisão em rede), era a realização brilhante do estilo que me parecia oposto ao de João.

Mas a evidência de competência, talento e desenvoltura era mais forte do que meus esquemas críticos. O fato bruto de que alguém estivesse dominando divisões complicadas das frases rítmicas e exibindo com espontânea segurança o entendimento de cada notacantada (o modo como ela instintivamente cuidava daafinação) era em si mesmo um acontecimento na cena brasileira, um acontecimento que me obrigava a pôr tudo em novo patamar. Bem, tudo o que eu imaginava par meus três amigos era algo que tivesse esse poder — mas por outras vias, a partir de outros elementos, sempre nascidos da atenção a João. Assim, vi uma tensão natural entre nosso projeto e o acontecimento Elis. Tive quase um sentimento de ciúme. Sobretudo me senti com maiores responsabilidades e excitadopor desafios mais altos.

Nada disso nunca se desmentiu. Depois de Elis, teríamos que fazer algo mais radical. Bethânia esteve sempre fora da questão, já que ela tinha um estilo assombrosamente desenvolvido e totalmente independente da estética da bossa nova. Mas ela mal tinha se decidido pela música: havia sonhado em ser atriz, escrevia e fazia joias de metal. Sua voz e sua intensidade pessoal é que a puxaram para o canto, através do interesse despertado em quem a ouvia. O modo extrovertido, o tom expressionista, que contrastava com a sobriedade da bossa nova, tudo isso ela tinha em comum com Elis. Mas eram figuras opostas. Pôr as duas em comparação, dentro da cabeça, era como contrapor Sarah Vaughan a Edith Piaf. Mas o que acontecia era que, com Elis, eu era levado a pensar assim, em termos mundiais, considerando figuras nascentes de nossa canção com divas do grande mundo.

Bem, o ambiente de criação de música popular no Brasil estava se diversificando. Era a época de Edu — e Nara tinha aberto o leque do repertório, saindo das salas sofisticadas e indo ao morro e ao sertão. Mas, fosse Edu, Nara ou nós, todos parecíamos treinados em ambientes de teatro, cineclubes e diretórios acadêmicos. Elis era uma menina que gostava de Ângela Maria e se tornara um fenômeno infantojuvenil em Porto Alegre. A evidência de seu talento chamou a atenção de produtores que sonharam em fazer dela uma nova versão de Celly Campello, o que resultou em quatro LPs que, depois do estouro de “Arrastão”, foram banidos de sua discografia oficial — não tão diferente assim do que aconteceu com o 78 RPM de João, gravado no início dos anos 50. Seja como for, Elis vinha do mundo da música comercial, enquanto Nara , Edu e nós vínhamos dos ambientes intelectualizados.

O Beco das Garrafas e Armando Pittigliani compuseram a Elis genial que, logo formatada por Solano Ribeiro, veio a ser aquela espantos a explosão de musicianship que eu vi na TV.
 
Todos os encontros e desencontros que tive com Elis tiveram esse histórico como pano de fundo. Rogério, seu irmão, me deu de presente os quatro LPs pré-“Arrastão”, numa época em que eu, deslumbrado pelo prazer que dava assistir aos shows dessa cantora que nunca estava fora de sintonia com a música, via mais de uma vez seus espetáculos. Desde que voltei de Londres (coincidindo, em parte, com o período em que ela mostrou sua versão do cool), eu via Elis cantar exclusivamente para me sentir bem. Ela influenciou gerações de cantores, lançou multidões de autores, briguei com a “Veja” por causa do modo com essa revista publicou a notícia da sua morte (briga que nunca mais achei jeito de desfazer), e hoje a gente sabe que Björk a admira, que quem entende de música no mundo sabe que ela é uma das maiores que já houve. Ela me escreveu um bilhete pedindo perdão pelo que fez com “Gente”. E saúdo sua memória com um amor muito pessoal, particular e cheio de conteúdos peculiares.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Enquanto isso

Roço o anonimato
e caço o rosto numa voz.
Toco por trás e sinto`
à frente em frente a mim mesmo.
Temo a falta de espaço de tempo
No olhar que só sabe o infinito.
O impreciso dizer de um gesto
que pariu o mundo e o alimentou
de mistério.

Roberto Piva

LIBELO
Não mais trarei justificações
Aos olhos do mundo.
Serei incluído
” Pormenor Esboçado ”
Na grande bruma.
Não serei batizado,
Não serei crismado,
Não estarei doutorado,
Não serei domesticado
Pelos rebanhos
Da terra.
Morrerei inocente
Sem nunca ter
Descoberto
O que há de bem e mal
De falso ou certo
No que vi.

P.S. Acordei assim,

Prece

Caetano Veloso

"A mim bastava que o prefeito desse um jeito na Cidade da Bahia"

Mexicano

Meu coração que é negro
se reveste do azul de caetano veloso
camufla chagas amorosas do impossível
e se traça como o perdido,
elo entre o belo e o desprezível
meu coração é feito de mel
mexicano e fictício.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Poeta

Em mim,
o seu amor foi palavras
erguidas à perversidade
que forma a sua delicadeza.

O seu amor,
foram suas palavras
que me esmagam entre
o que nunca deixei de ser
e ao que peço a você
pra mim.

Desejo

Despi o anjo de suas asas
e enfrentei a sua humanidade.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Nana Caymmi bem aqui


Janeiro de 2012, na cidade solar mas tristinha do São Salvador da Bahia, a poesia sobrevivendo da translúcida força do mar sob os raios do sol que tudo anima. Esse misto de Exu, Iemanjá e Oxalá tomando conta mas deixando a gente se cuidar(?). A música sempre nos enfeitiça e quando surge a chance de sonhar ouvindo Nana Caymmi, comemorando 50 anos de carreira, do palco insigne do Teatro Castro Alves, a vontade é de gritar aos deuses, enterrar certa tristeza, e aguçar a emoção para receber o que vem daquela senhora  MPB.
Dia 13, uma sexta-feira pós Lavagem do Bonfim, às 21h, como tem que ser, Nana cantará para a Bahia. Fazendo jus a grandeza daquela Sala tão maltratada por animadoras como Claudia Leitte. Nana em diálogo corajoso com a dor, marcada de amor, em seu canto sublime, trazendo a música que dignifica a inventividade da nossa gente.
Nana bem aqui... Olho para o mar agradecido, sei do que tem me sido permitido e agradeço profundamente quando a graça é Música Popular Brasileira. Quando tem Nana Caymmi, mesmo que meu corpo pressinta medo, mesmo que o desejo me alucine, mesmo que eu beba sem limites, mesmo que Salvador e os desencontros nos façam tão tristes.
Com Nana, até a tristeza é puro prazer.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Verde Mãe


Sempre que Lhe encontro fora de mim, respiro a fé que me movimenta e me desenha mais feliz. Sempre me tenho em branco verde azul serenando na Baía de Todos os Santos quando meus olhos, em lágrimas, mergulham em profunda beleza. É dia na realeza solar da Sua Presença em minha vida. Todo tempo estou aí a Lhe contemplar e me atende Soberana Carinhosa Poderosa Mãe que me guia ao centro do melhor que posso em mim.

Quero o verde dos domínios aquáticos que Lhe trazem por amor a mim. O alfange Seu que rasga a opressão a favor de mim. Sua dança majestosa que embala minha alma e me faz espalhar luz ao meu redor. Sua calma que cessa, Sua ira que transforma, Sua força que me dá caminho. O verde Seu sobreposto ao azul meu e minha cabeça ao chão para Lhe reverenciar.

Mão do meu destino, me faça alcançar o que me sonhei e que é meu!


Emergência

Listar a clareza das coisas
na ocorrência do mundo.
Sentir o perfume que excita
vendo a vida melhorar.
Caminhar à beira - mar
escolhendo sonhos.
Recitar sonhos a Iemanjá.
Se ter em dias comungando
o verão.
Beber o doce das águas
e pronto: viver...
Mais leve manhãzinha
Menos álcool  noitinha.
Ser da própria vida
profunda inspiração.
Dançando
marcado pela alegria.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Antropologia do fim


E o mundo acabou. Repetidamente em 12 acordes alertando o coração. Sob o impacto da luz e o frescor da esperança. Acabou.
Na contra-dança daqui e em detalhes com diamantes. Numa viagem imaginária por Times Square e vozes arranhando de beleza resquícios de um sonho.
Acabou feito Primavera e sol de verão nas águas santas da Bahia. No mar. Acabou feito poesia.
Sobras e sombras daquele olhar. Respingo do prazer metade. Acabou feito folhagem virando solidão.
O mundo sem mistério. A falta de mistério acabou com o mundo. E os restos daquele olhar. Fagulhas do olhar sobrevivo. Mortalha castanha para o mundo e o sentimento. O olhar. Doçura estagnada no desespero. A morte vivendo no fim.
O peso do mundo morto sobre mim e aquele olhar sem palavras.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Esperança Zé Celso

Zé Celso

Um país não pode ter fim. Não um que tenha José Celso Martinez Corrêa embrenhado nos movimentos do seu Teatro Oficina, sacolejando a caretice, desafiando moralismos, inspirando-se no caos, acendendo luzes e reflexões, alimentando a criatividade e, ao mesmo tempo, se divertindo.
Um dos nomes mais importantes da dramaturgia brasileira, poeta da libertação, José Celso Martinez Corrêa tem um pouco do seu trabalho e vida contados no documentário Evoé – Retrato de um Antropófago, de Tadeu Jungle e Elaine Cesar, da bela série Iconoclássicos, projeto do Itaú Cultural, e ali, fragmentos de uma poética da antropofagia ancestral tupinambá, depois de suas ressignificâncias oswaldianas e tropicalistas, ganham forma no corpo e no discurso do setentão Zé Celso, eterno e jovem encenador, em trânsitos da sua vontade de fazer reinar no Brasil a força do legado mítico dionisíaco amalgamado ao “canibalismo cultural” dos mais conhecidos índios brasileiros, os da família tupiniquim.
Expressiva beleza a nudez transgressora deste controverso artista amante das artes, um típico greco-africano inserido numa narrativa, onde ele é o narrador, que conta parte da história do teatro no Brasil do século XX, desenhando as resistências e as lutas que o Teatro Oficina, criado por Zé Celso, enfrentou para a sua permanência, na cidade de São Paulo, até os tempos atuais.
O documentário é uma ode à imaginação artística e centralizando-se em Zé Celso, centraliza-se no fazer artístico brasileiro, destacando a importância das artes para o livre pensar de um país e de quanto é revolucionário se ter humanos vivendo e fazendo aquilo que amam. Contemplação e arte, em Zé Celso, são puro trabalho.
A antropofagia, o seu sentido de transformação, que tocou na antropologia de nomes como Viveiros de Castro, e que pode ser sentida na canção Um índio, de Caetano Veloso, é o texto fundamental para se compreender as propostas estéticas do Teatro Oficina, ainda comandado por Martinez Corrêa.
O filme é uma pedagogia sobre realização. Reorienta a política, envergonhando os pesadões das economias e a burocracia.
(Publicado no Opinião, Jornal A Tarde, em 27/12/2011)