sábado, 30 de agosto de 2014

olho cego cheio de luz



todo tempo perto de mim
traços do que mais me vejo
na vontade profunda de mu -
dança a cantar
belezas que me elevam.

olho cego cheio de luz
nem o poeta me alcança
deveras samba sem efeito
o amor, este amor, aquele amor
tudo passageiro:

a menina sem trança
me olha e ri
panorama da falta
poética e solidão...

a menina dança
civilizações sobre mim

mas me sou todo selvagem,

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

***

o nome me silencia

frente aos olhos que me queimam...

aspiro o toque da boca

ora calada ora acesa

de verdades sensuais...

sinto das mãos

que me seguram

deslize delícia passeio:

meu beijo no umbigo

quando fica tudo

pronto para então.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

***


no fundo,
para não me afogar em hipocrisias,
tenho viajado em superfícies.