sábado, 30 de agosto de 2014

olho cego cheio de luz



todo tempo perto de mim
traços do que mais me vejo
na vontade profunda de mu -
dança a cantar
belezas que me elevam.

olho cego cheio de luz
nem o poeta me alcança
deveras samba sem efeito
o amor, este amor, aquele amor
tudo passageiro:

a menina sem trança
me olha e ri
panorama da falta
poética e solidão...

a menina dança
civilizações sobre mim

mas me sou todo selvagem,

Nenhum comentário: