(Gal Costa - foto Daniel Menezes)
Como foi escrito para sempre ser: o canto mais doce que o século
XX conheceu em todo mundo.
O grande talento se renova entre as canalhices das críticas
perversas e a vontade de expressar a história de um cantar sublime que revela
outras histórias da inventividade musical de uma mulher. O canto solar de Gal
Costa deslumbrou a plateia do TCA, nesta noite de sábado, dia 08 de novembro de
2014, reafirmando que quem deve se aposentar são os obtusos críticos de tais rodas
baianas que não podem alcançar a vitalidade de uma voz eterna e de uma
trajetória que deve ser respeitada como poucas na história da Música Popular
Brasileira.
Gal fez, com parte do seu refinado repertório, o que Billie
Holiday fazia ao reinventar várias vezes uma mesma canção. Gal fez a gente
respirar com seus pulmões divinos e aos nossos ouvidos deixou o assombro por
assistir uma outra mesma cantora - destinada a iluminar de sons o que é possível
de beleza a este país.
A nova desde Recanto é a mesma amadurecida de Caras e Bocas e o
Brasil deve ser plateia atenta para esta cantora que, junto a Maria Bethânia e
Nana Caymmi, nos formam em escolas de grandiosas cantoras, sendo estas três, a
síntese viva do cantar feminino brasileiro. Resta Elis. Aliás, restam tantas.
E Gal viva no Palco Sagrado do nosso Teatro: nos pondo a rir e a
chorar, como só fazem os verdadeiros artistas...
Claudia Cunha, vivi de lembrar você - aluna e mestra desta
síntese!!!
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