segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Gal Costa trouxe Espelho d'Água para o Teatro Castro Alves

(Gal Costa - foto Daniel Menezes)


Como foi escrito para sempre ser: o canto mais doce que o século XX conheceu em todo mundo.

O grande talento se renova entre as canalhices das críticas perversas e a vontade de expressar a história de um cantar sublime que revela outras histórias da inventividade musical de uma mulher. O canto solar de Gal Costa deslumbrou a plateia do TCA, nesta noite de sábado, dia 08 de novembro de 2014, reafirmando que quem deve se aposentar são os obtusos críticos de tais rodas baianas que não podem alcançar a vitalidade de uma voz eterna e de uma trajetória que deve ser respeitada como poucas na história da Música Popular Brasileira.

Gal fez, com parte do seu refinado repertório, o que Billie Holiday fazia ao reinventar várias vezes uma mesma canção. Gal fez a gente respirar com seus pulmões divinos e aos nossos ouvidos deixou o assombro por assistir uma outra mesma cantora - destinada a iluminar de sons o que é possível de beleza a este país.

A nova desde Recanto é a mesma amadurecida de Caras e Bocas e o Brasil deve ser plateia atenta para esta cantora que, junto a Maria Bethânia e Nana Caymmi, nos formam em escolas de grandiosas cantoras, sendo estas três, a síntese viva do cantar feminino brasileiro. Resta Elis. Aliás, restam tantas.

E Gal viva no Palco Sagrado do nosso Teatro: nos pondo a rir e a chorar, como só fazem os verdadeiros artistas...

Claudia Cunha, vivi de lembrar você - aluna e mestra desta síntese!!!

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