quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Sem Caio,



Não é tom de misericórdia
É a imensa alegria.

Esta descoberta que se renova
Nas linhas que me denunciam
O crime pesado pelo qual
Não posso pagar.

É o arranhar vocal de Billie
Na melancolia do escritor
Impregnado em mim.

Ele, Deus.
E eu?
Além do ponto
Batendo em sua porta
Que se abre sem formalismo
Sem cobranças.

O homem menino
Frente ao  menino Deus
Ambos forasteiros em tudo
Sem chão e cidade.

Ele transcrito no livro
Eterno à qualquer idade,
E eu embriagado dele
Um tipo de memória amorosa
Que nunca me deixa em falta:
Revivo.

Literariamente.

O meu bater à porta
Em gritos de aleluia.

Eu te percebi
Entre Clarice e Hilda,
E Caetano,
Você tão para mim
Feito a verdade
Que me asas a escrever.

Meu melhor silêncio
É saudade.


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