Essa imagem traduz a entrega de Maria Bethânia à sua arte. Conduz-me ao silêncio que hoje preciso para reelaborar a pretensão de outros instantes. Estar vivo nos consome demais, ainda mais sob o compromisso de sentir felicidade.
Estou quase triste. E esse quase me liberta da dor improdutiva. E voo por sobre mim mesmo tendo como combustível o meu amor pela arte desta mulher. Meu controle de qualidade.
Vivo esta imagem. Penumbra nas sensações efêmeras, nas sensações perenes; contradigo-me preservando só o amor por ela. Sua inteireza criativa e a palavra naquele lugar. A voz.
Preciso da mão na testa, os cabelos como moldura, anéis e pulseiras, contas símbolos da fé, a música popular brasileira.
Essa senhora - transsignos da profunda beleza - que segue em dores e alívio a iluminar algumas paradas e a cantar para o bem do tipo de Brasil que eu mereço.
Nesta imagem: a minha doutora.
MM
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