Eu tenho escapado do deserto daqui
de tudo que é fala
tudo que é silêncio.
Me sobra a maneira
desajeitada desta fuga
desavisada por não saber de mim.
Outro dia limpei minhas mãos
e evitei os sonhos...
Outro dia me disse
versos insanos ao espelho
para ser segredo
e seguir sem identidade.
Rasguei a roupa limpa
e vesti a imunda,
sequei os olhos de sabores
ingênuos e inconclusos
para a medida do que
me é mais certo:
perder-me por aí
sem ter onde ir
seguindo os rastros
da tal liberdade.
SSA,
madrugada de 17/11/2013
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