domingo, 19 de janeiro de 2014

A lua rodando entre as estrelas




Charcos lunares se abateram sobre mim. A intenção era dormir para estar no sonho. Bem madrugada de 19 de janeiro atemporal. Acordado entre o orixá na cabeça e o desejo na boca. Fome. Sede. Vento no centro daquele calor. Hoje. Lugares noutro especial: eu lia os olhos negros que não me viam em um terminal de Paris. Escrevia para cessar minha fala; subtraia, somava, mas não dividia. O calor. Tessitura de uma escrita normal para abraçar o silêncio. E a lua me absorvendo como canção como cinema. O olho cansado das buscas para a boca ávida sem me deixar dormir. Medo. O especial do lugar que não esteve: olhos negros cruéis tentadores numa dança sem Carnaval ou sem alegria, com poesia, na lembrança restando Paris.

A lua trouxe para mim o nome daquela cidade,

o domingo me despertou domingo...

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