É como se eu estivesse de frente a um poema que aos poucos fosse se revelando especial, diferente, raro, legal, enfim, bonito.
São traços e lugares de muitos sentidos no rosto de Maria Bethânia. Tão incomum que, os mais comuns, já atestaram de feio. A fotogenia é impressionante; ela nasceu com a cara que carregaria aquela voz, naquele canto, para fazer conosco o renascimento da beleza real: final e sempre inventada como as verdades que nos guiam.
Sinto alegria ao olhar para ela: é como uma paixão contínua, correspondida, que me põe no lugar da plena satisfação... Mas nunca é plena porque eu saio de lá à caça de outros sinais, outros sons, outras formas que me mobilizam à profunda admiração que trago e levo pela artista... A mulher é linda e a artista magistral poema que me alia à minha própria criatividade.
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