Ela é uma
voz ordenada a celebrar as belezas que criou.
Acenos para
a música em canções que somos nós.
Dicção que
formula sonhos e cala nossas agitações.
Mas ela não
é e nem pode ser só paz.
É-lhe todo o
belo o mais certeiro,
Dança baiana
em dourado vermelho
Entre Oxum e
Iansã ela rasga como ninguém
O céu quente
do Rio de Janeiro.
Quase um
canto francês à luz
Deste idioma
a se melhorar.
Ela inflama
plateias
E o seu voo
é de águia
Mesmo que aquática
seja
Esta mulher
fenda dos ares,
Ela é água:
rios e mares...
Sua guerra
me assiste
Seu perfume
sonoro absorve
Minha
percepção
Controla o
que ouço
Silencia-me
a favor da temperança.
Um Brasil
eterno se eleva ali
Na bravura
daquele canto
Que eu
também quero azul...
A sereia que
dança
Lado da mesma
criança
Sendo-me a
senhora rainha
Que me
acolhe no lugar da arte
Onde sempre eu
quis existir.
Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 2015
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