A falta da palavra na pesquisa que faz o som. A vida minha
que é dos outros. O outro entremeio da dilaceração – espúrio capitalismo -;
confuso socialismo dos revolucionários enricando. O poder martelo esmigalhando
o direito de ser. A voz da índia se matando. O corte em nome do povo. A lírica
da pobreza vencendo a genialidade. Genialidade como negação. O risível que se
alonga virando eternidade. A música paisagem da história latina na América.
Índios, negros, mestiços e animais. Árvores e crianças. Galinhas e gaviões.
Mordaça no silêncio gritando a transformação.
O amor. Esse esteio que tanto falta. Essa couraça da
imprecisão. O amor por todos, pelo mundo. Imundo. O amor cerração. Frio andino.
Mundo imundo sem lados em ampla descrença. Sujeitos-capital, sujeitos
alaranjados e vermelhos: o feio que não possui significação.
Amor na voz de dor da índia eternizada. Sons e palavras. Sem nada
a constatar.
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