segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Maria Bethânia e Adriana Clacanhotto: falando por mim


Tal como a vida, foi tudo rapidinho. Mas profundo como as flores que vejo flutuando sobre as águas dos mares, depois de lançadas no mar da Bahia, partindo do âmago da minha fé...

Tal como a vida, a beleza se instalou para trazer sentido. E uma dança secreta marcou a alma de alegria. Alegria que ficou ao longe, mas ainda assim, foi e no rastro do que nos vale a pena, e quase nunca é tudo que vale, ainda é...

Tal como a vida, perfilada de seperação, o Universo se fez em encontro... E porque também há a morte, a mais legítima certeza, o tempo recusou...

Tal como a vida , que em mim me bate no peito, nasceu cresceu gritou e fez silêncio desse jeito: nas zonas secretas da imaginação que acelerou minha ânsia e depois me calou...

Lá, no frescor do meu sentimento, a sensação reviveu a poeta e a canção: " Poetas para quê? Os deuses, as dúvidas? Pra quê amendoeiras pelas ruas? Para que servem as ruas?"

E as ruas, tal como a vida, me servem agora para seguir: mesmo que sozinho.

De verdade, feliz 2013!

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