sábado, 20 de dezembro de 2008

Fatal

Penélope Cruz
A vida é um mistério em muitos desalinhos. Sobrepõe, ao menos em mim, muitas das racionais explicações que nos governam há séculos. É preciso que haja o choque, a transgressão, a presença do impossível acontecendo para que, de fato, a humanidade caminhe, respire, crie, acredite e realize. Se nos bastasse a razão e elucidações científicas, viver seria um fardo esculpido em tédio e previsão. O desbunde e o inesperado bom ( às vezes o mau) traz vida à nossa existência. Tipo Esotérico, a canção de Gil, é a mão e olhos e o jeito da diretora Isabel Coixet de narrar pequenas maravilhas para nossa diversão e aprendizagem.
É assim: Fatal, o filme, é uma óbvia aprendizagem, erguida da categoria de quem sabe expressar beleza. Traz o imaginado, o dito imprevisto visto com previsão, numa luminescência de dor e alegria, que dela, Coixet, já tínhamos experimentado em agonia com o belo Minha vida sem mim.

Chorei e sorri. Como Penélope é linda. Como o mistério da vida é saboroso e como o magnífico Ben kingsley é sensual e desejável navegando a terceira idade. A tristeza é mágica e criadora e nós somos nisso tudo: uma grande bobagem.


Nenhum comentário: