quinta-feira, 3 de março de 2011

Tragédia do toque


To you, my Rimbaud

ansiei pela tragédia do toque
a sujeira dos corpos delatando prazer
inventei aquele amor precoce e taciturno
me negando a esquecimentos ou cura.
vivi o inferno da paixão indolente
vã e adolescente, sem nada...
nada foi o que os olhos viram;
a boca sangrava de desejo
as mãos se desesperavam
a língua lambia o vento.
o amor que enlouquecia
mas não criava canções.
árido chão abortando sementes;
a lembrança inteira coração
as lágrimas doce-amargas em nós
essa louca vontade que
se perdeu no tempo.

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