A gente ama, Caio. Com desespero e deslumbre. Ama suas palavras e converge para o centro maior daquela busca: amor... Ama a força dos seus escritos, assistindo suas intimidades, quando sem coincidências, são nossas intimidades também. A gente ama a paixão descrita e esvaída da sua obra imprescindível. Este é o termo real para configurar sua escrita, ora faca ora carne, acompanhando a solidão de muitos, até a dos que não procuram o amor.
A gente ama o que você escreveu. Sonhamos serenos a partir da sua intensidade. Vivemos da arte geral que compôs o seu mundo, somos os fadados ao coletivo em solidão, viajando por dentro e por fora, e, como dissera Bernardo Soares, " nunca desembarcamos de nós".
Tenho suas marcas em minha vida. Amo suas notícias de fé. Ainda creio no "amor até o fim", e espero, como você. Norteio literatura por Clarice e seu Caio F., vivo a Música Popular Brasileira, onde confesso, aprendi muito do pouco que sei. Foi seu texto falando sobre a mítica quase divinal em Bethânia que me levou a querer estudar ela, e me fez buscar sua literatura. Nele, o texto da Coleção Personalidade, tinha Caetano também. E tinha Billie.
Eu, infelizmente, só lhe amo pelo que você escreveu... Mas sei da sua humanidade transgressora, do romantismo oitocentista, o homem cultíssimo, ventando arte e saberes... Queria ter lhe conhecido e convivido contigo; este sujeito que, antes de morrer, pediu que se jogasse rosas brancas e amarelas, para Iemanjá e Oxum, daqui das águas do mar da Bahia.
Queria ter lhe escrito uma carta e receber sua resposta.
Amo seus escritos e, às vezes, orbito na tristeza dos seus olhos quando me perco olhando suas fotos.
Hoje, leio você, à noite, olhando um pouco para a Baía de Todos os Santos. É esse o meu poder.
Com amor, seu Marlon Marcos.
Um comentário:
Mar, eu procurei uma foto do Caio na internet e escolhi esta mesma que você escolheu, sem ter visto teu blog. Não há novidade. Obrigada pelo lindo texto, você também é um mago das palavras, traduzindo nossos sentimentos. Amo-te. Da sua, Mi.
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