Este livro.
Desenho de muitos enxovalhos que sofre a alma humana. Lugar de desespero, gente perdida, falta de filtro, queda-livre sem rede de segurança e, brilho de uma escrita. Receita para viver sem melhoramentos; nada, por horas, de se reescrever... Ali é dor que conduz, em diálogo e guerra, nossa própria solidão. Ali é-se e basta. Radicalidade artística e sectarismo sócio-existencial. O que mais demora, numa velocidade que dá tempo de morrer...
Um escritor delatando-se ao mundo que o oprime e preparando-se para sua vingança maior: a eternidade. Tudo que deveria ser mofado mas é a vida pulsando, nova em busca de novidade. Eternidade no aqui agora. Palavras em português tematizando a universalidade e essa vaga a ser ocupada pelo o amor que nunca chegou.
Aquele livro.
Para lá das centenas de explicações acadêmicas dos senhores da razão sobre o tema; sempre à frente de assertivas, um tipo de novelo desfiando intrigação. Prosa que retrovisa Poesia. Histórias erguidas à sensação. Voz de quem ouve diz e dói. O peso de Caio F. A leveza do gênio forjado na vida. Leitura curta duração. Aprendizado forever voando sobre as cidades de todo mundo.
Leitura de maior e melhor duração: Morangos mofados.
2 comentários:
Amei, Mar. Obrigada. "Nova em busca de novidade". Também sou eu. Continuo esperando que o amor chegue.
*enxerguei você sobrevoando o Atlântico com nosso Caio nas mãos, nos olhos e no peito.
*essa semana vi um chocolate belga no mercado e pensei em você. Ele chama "Cupido".
Minha paixão por Caio F. é inexplicável. Nem eu me entendo. Beijos.
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