sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O amor composto

Sorrindo pelos caminhos de mim, saltando as terríveis dificuldades. Encaro-me e vejo quanto me dói ser eu mesmo; mas não desisto desta construção. Quantos defeitos e sem porquê, quanta delicadeza em tanto sentir... Um dia de sol forte sobre mim, eu enxergando como nunca, o batuque da saudade no peito, o medo da perda e o silêncio, nenhum humano a velar por mim.

Sorrindo para os meus planos, tendo os sonhos como base de lançamento. Doendo segredos que não são; respirando o movimento de uma fala engraçada que perfila o menino: dentro do olho da festa. Revejo. Recorrências do mal que procuro. Assombração de verão que esfria a minha alma. Sucumbo à ventilação refeita no calabouço de uma espera. Imagens que tocam com as mãos o fundo.

Sorrindo não sei pra quem. Seguindo a ação cotidiana da vida. Um pouco de lamento. Ávida luz no coração. Olhares fugidios no medo de encontar. Vaga no pensamento arejado. Música como felicidade. Instantes do valor maior da vida. Em distração, o amor composto.

2 comentários:

karina rabinovitz disse...

lindo tudo! lindo! "tendo os sonhos como base de lançamento", poxa!!! saudade

Marlon Marcos disse...

Querida,

Vc sempre chega. E agora, só quero gente de ouro perto de mim, assim como vc que, além de ouro, é uma das minhas melhores poetas...