
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Perseguição

domingo, 29 de agosto de 2010
Maria Bethânia em Eu Velejava em Você

Senhora das paixões! Ameniza essas dores; canta profundo mas sem o sangue que revitaliza o que nunca pôde não pode e nem poderá. Mas ainda há vida e a 'senhora' canta.
Para além
Uma vida em delongas. Nítidas inconclusões. Selvagem aconchego. O sono. E alma se bastando. Para além. Era tarde depois de um tombo e todas as saídas fechadas. Uma voz ampliando a dor de uma eterna madrugada. Os lençóis sem mancha de amor e na floresta distante ventando.
Tudo se seguia para longe no lugar onde nada poderia ser encontrado e o medo era maior que o medo de morrer... A voz era como o sangue das paixões e dava vida a memórias estagnantes mais doídas que o medo de morrer.
Era tanta a dor n'alma acelerada e na contramão que: melhor morrer.
sábado, 28 de agosto de 2010
Ausência
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Sem companhia

Da minha alma
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Cenas de amor

Eu musico as cenas azuladas e as eternizo em meu olhar...
Cada visão se reveste em água em alívio em emoção,
É uma batida pop com ares de erudição em meu ser vulgar,
Que navega sem sair do lugar mas sonha.
Eu simplifico as cenas azuladas fotografando o mar,
Ali de frente: meu eu se faz eterno e sem tédio.
Eu sou um tipo dessas cenas,
No meu corpo se criam matizes em azul
Que se oferecem como ponte como fonte
Para os amores mais profundos.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Maria Bethânia e as palavras

E é esta relação com as palavras que Bethânia vai mostrar durante duas semanas no Teatro Fashion Mall (dias 03, 04 e 05 e 10, 11 e 12 de setembro, de sexta a domingo) com leitura de poemas e textos escolhidos por ela, com os quais tem intimidade e que foram importantes para sua vida. Neste projeto, contou com a colaboração de Hermano Vianna e Elias Andreatto. Mesclando leitura e música, com canções pouco usuais em seu repertório, será acompanhada do violonista Luiz Brasil e do percussionista Carlos Cesar.
O projeto começou em Minas, no ano passado, quando Bethânia foi convidada pela UFMG para participar do ciclo de conferências Sentimentos do Mundo. Logo em seguida realizou outras leituras na Casa do Saber/RJ, PUC/RJ, no Itamaraty/Brasília (para o Encontro Mundial dos Países de Língua Portuguesa) e, mais recentemente, na Casa Fernando Pessoa, em Portugal, como retribuição à Ordem do Desassossego que recebeu com a imortal Cleonice Berardinelli por ser, no Brasil, uma das maiores divulgadoras do legado de Fernando Pessoa.
Agora, pela primeira vez em teatro, Bethânia lerá poetas e escritores de todas as gerações: Guimarães Rosa, Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Ramos Rosa, Sophia de Mello Breyner Andersen, o moçambicano José Craveirinha, Padre Antonio Vieira, Caetano Veloso, Fausto Fawcet, Ferreira Gullar, entre muitos outros, entremeados por trechos de conhecidas canções brasileiras e portuguesas como ABC do Sertão (Luiz Gonzaga), Romaria (Renato Teixeira), Último Pau de Arara (J. Guimarães/Venâncio/Corumbá), Estranha Forma De Vida (Amália Rodrigues), Marinheiro Só (domínio público/adaptação Caetano Veloso), Dança da Solidão (Paulinho da Viola) e Menino de Jaçanã (Luis Vieira/Arnaldo Passos).
Maria Bethânia reconhece que dizer poesia, hoje em dia, “neste mundo de corre-corre”, é “um desafio”, mas também, “uma idéia que comove e atrai”. E Fernando Pessoa, o poeta da sua vida, não fica de fora. “É a minha tradução mais fiel”, afirma, acrescentando: “Suporta minha respiração, minha cadência e o ritmo desassossegado do meu coração”. O poeta é lembrado com pungentes poemas, como o Poema do Menino Jesus, de Alberto Caieiro, popularizado pela intérprete a partir do show Rosa dos Ventos; e Ultimatum, de Álvaro de Campos, que soa impressionantemente atual desde sua leitura no show Dentro do Mar tem Rio.
Bethânia e as Palavras
Teatro Fashion Mall - Sala I - ESTRÉIA DIA 03.09.10 (Rio de Janeiro)
Sex
21:30 hs
R$ 80,00
Sáb
21:30 hs
R$ 100,00
Dom
20:00 hs
R$ 80,00
Porvir
Por sonhar

terça-feira, 24 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Dessa janela sozinho

sábado, 21 de agosto de 2010
Um favor, por Áurea Martins

quinta-feira, 19 de agosto de 2010
O lugarTiganá Santana
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Pedra do mar
"Que significa isto, que não significa nada"

NOSSA SENHORA DO SILÊNCIO (a)

Que espécie de vida tens? Que modo de ver é o modo como te vejo? Teu perfil? Nunca é o mesmo, mas não muda nunca. E eu digo isto porque o sei, ainda que não saiba que o sei. Teu corpo? Nu é o mesmo que vestido, sentado está na mesma atitude do que quando deitado ou de pé. Que significa isto, que não significa nada?"
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Da essência

segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Madonna: 52 anos

Dois anos sem Caymmi

sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Tudo sobre você
E como meus instantes buscados estão na Bahia, trago também a poesia da fotografia de uma outra paixão minha: Gal Costa. Trago a poesia da minha Baía para me entregar junto... E de sobra a letra desse grude agradabilíssimo que é esta canção:
Queria descobrir
Em 24hs tudo que você adora
Tudo que te faz sorrir
E num fim de semana
Tudo que você mais ama
E no prazo de um mês
Tudo que você já fez
É tanta coisa que eu não sei
Não sei se eu saberia
Chegar até o final do dia sem você
E até saber de cor
No fim desse semestre
O que mais te apetece
O que te cai melhor
Enfim eu saberia
365 noites bastariam
Pra me explicar por que
Como isso foi acontecer
Não sei se eu saberia
Chegar até o final do dia sem você
Por que em tão pouco tempo
Faz tanto tempo que eu te queria
John Ulhoa - Zélia Duncan
A bela festa da Boa Morte começa hoje
A irmandade, símbolo da resistência e do brio de mulheres negras, muitas das quais nascidas escravas e que ascenderam socialmente e compraram a liberdade com muito trabalho, a ponto de ostentar esta conquista nas vestes e joias que envergam, nasceu na Igreja da Barroquinha em Salvador, em meados do século XIX.
Porque a irmandade foi para a Cachoeria não se sabe ao certo. Alguns apostam em que elas decidiram proteger o culto católico visível, mas que também e, principalmente, envolve saberes ancestrais de origem africana, da perseguição que se abateu sobre os africanos e seus descendentes após a rebelião dos malês ocorrida na capital baiana em 1835.
Cachoeira se tornou então a sede dessa bela história de uma festa organizada e preservada por uma confraria de mulheres com critérios especiais, como o de ser aceita apenas na maturidade pós 40 anos.
Sabe-se muito da parte católica da festa que é a celebração da dormição, pois segundo a tradição católica, Maria apenas adormeceu enquanto se preparava a assunção do seu corpo e alma aos céus. É a lógica da teologia, afinal o corpo que carregou o próprio Deus encarnado não poderia ser decomposto como acontece com todas as mulheres e homens comuns.
A relembrar essa tradição, as irmãs também rezam para que elas e todos tenham uma “boa morte”, uma aspiração ainda mais desejada em tempos de tanta violência e desrespeito pela vida humana.
Da parte do candomblé que está envolvida na festa não se sabe quase nada, pois segredo é um dos princípios básicos desta confraria. Mas a importância do que se guarda é infinita, afinal entre as irmãs estão ocupantes da alta hierarquia do candomblé baiano.
Até a próxima terça-feira, pois após a festa do domingo ainda tem samba de roda e distribuição de comida, afinal a generosidade é uma marca do povo de santo, Cachoeira estará cheia de turistas novos e outros que retornam, pois é difícil resistir a tanto encanto e brilho.
Sinto, devido a várias circunstâncias, não poder presenciar esta edição da festa na minha Cachoeira natal e que, além do seu belo casario e as mágicas águas do Paraguaçu reúne tantas outras preciosidades: a sabedoria dos ogãs Boboso e Bernardino do Seja Hundé ou Roça do Ventura; a herança da força de Gaiaku Luiza; a resistência da Lira e da Minerva cachoeiranas; a beleza da Ponte Dom Pedro II e da estação ferroviária.
Para quem vai estar lá vale a pena brigar para achar um lugarzinho no que conheço como “restaurante do português”, ali bem pertinho do porto ou dar uma esticadinha até a Pousada Paraguaçu em São Félix, onde até hoje me intriga o filé de pititinga presente no cardápio, mas que não consegui provar pois estive lá durante a baixa estação do pescado.
Quem for retornar para Salvador pode dar uma passadinha em São Brás (no meio do caminho entre Cachoeira e Santo Amaro) onde tem um restaurante com uma comida baiana deliciosa. Mas claro que essas sugestões culinárias só valem para quem não puder esperar a disribuição da comida preparada pela irmandade ou para os horários alternativos.
Vale, antes de conferir a programação da festa aí abaixo, dar uma olhada no blog do professor Cacau Nascimento, especialista na história e antropologia da Irmandade. Cliquem aqui para acessá-lo.
Agora, vejam a programação da festa:
Dia 13/08 – Sexta-feira18h – Cortejo anunciando a morte de Maria19h – Missa pelas almas das irmãs falecidas21h – Sentinela, Ceia Branca na sede da Irmandade
Dia 14/08 – Sábado19h – Missa simbólica de Corpo Presente de Nossa Senhora da Boa Morte e procissão do enterro..
Dia 15/08 – Domingo09h – Missa festiva da assunção da Nossa Senhora da Glória seguida de procissão12h – Almoço das irmãs e convidados, na sede da Irmandade.14h – Samba de roda no Largo da Ajuda
Dia 16/08- Segunda-feira20h – Cozido – seguido de samba-de-roda no Largo d’ Ajuda
Dia 17/08 – Terça-feira20h – Caruru – seguido de samba de roda no Largo d’Ajuda".
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Maria Bethânia: meu controle de qualidade

Maria Bethânia é destaque no Prêmio da Música Brasileira
Tiganá Santana: lançamento oficial de Maçalê em Salvador
O Teatro Casa do Comércio ( Sesc/Senac), de Salvador, vai abrigar o show de lançamento do irretocável CD Maçalê, de Tiganá Santana, no dia 18 de agosto, às 20h. O acesso ao Teatro será livre e gratuito, os interessados em compartilhar deste luminoso acontecimento musical, deverão chegar na Casa do Comércio uma hora antes e, através da bilheteria, pegar seu bilhete de ingresso.
O artista Tiganá Santana, consolidado como uma grande revelação da canção brasileira, chegou a pouco de uma curta temporada na Europa, cantando em importantes eventos culturais no Velho Continente. Traz Maçalê para sua terra natal, com feição de carinhoso lançamento para celebrar sua estreia em CD e festejar com familiares, amigos, admiradores e curiosos, o êxito desta sua primeira incursão no universo da indústria fonográfica , e mais que tudo, agradecer pela receptividade ao seu trabalho.
O CD Maçalê chegou ao mercado no ano passado e foi considerado por muitos especialistas como uma das grandes produções feitas no ramo no Brasil nos últimos anos.Agora é só conferir e se deleitar com a inexplicável música de Tiganá Santana.
Serviço
Show: Maçalê
Artista: Tiganá Santana
Local: Teatro Casa do Comércio (Sesc/Senac), Salvador- Bahia
Dia: 18 de agosto de 2010, às 20h.
Acesso: livre e gratuito
Obs.: todos os interessados deverão chegar uma hora antes do espetáculo e, na bilheteria, pegar seu ingresso que será distribuído gratuitamente mas obedecendo a capacidade de abrigo de público daquele Teatro.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Maria Bethânia: alta literatura na voz
Sutilezas matutinas

sábado, 7 de agosto de 2010
Caetano Veloso: bem dentro aqui!
Maria Bethânia: a extrema beleza na imperfeição
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Descanso produtivo
