Viver é estar diante do nada.
Grudado em si em busca de outrem.
Contemplar sentido onde nunca haveria.
Embaralhar-se em vontades e barulhos
Para fazer silêncio na morte.
Viver é essa agonia no peito
Misto de desejo e repulsa
Entrega e ruptura
Esmorecer.
Viver é ser das crenças
E ter esperança por vocação.
Permitir-se ao esquecimento
E doer de memória e saudade
Frente aos reflexos de sonhos reais
Que ficaram inconclusos.
Viver é vagar no dessentido
De estar vivo e assim permanecer,
E saber
Que tudo terá valido
Se o amor acontecer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário