
A descoberta do mundo, de Clarice Lispector, traduz a idéia do chamado livro de cabeceira. É, de verdade inteira, a minha Bíblia, escrita por um profeta mulher, em seus desenhos de vida interior riquíssima, domínio da palavra criativa, fazedora de imagens para nos ensinar um tipo de vida que deveríamos ter: nem ela teve mas desejou em seus escritos.
Um livro alongado em primaveras, inspirado em doídos suspiros de viver e de morrer como lição de existência e máximas de inteligência para assistir o tempo passando.
Este livro setembrino. Saído das entranhas desta mulher. Os nossos olhos descobrindo um mundo que nós seguramos com as mãos. Uma prova cabal de que a leitura nos garante outras muitas vidas.
Descubram-nas e vivam.
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