"E estar à sua mão
Quando você vier"
Insuportável é a rotina de uma longa espera. Indesejável aquela luz no espelho acendendo a imagem do tempo passando. O colorido das perguntas vãs esvaziando-se frente ao desbotado das certezas e a vida indo para. Grave o sorriso doce do menino com mais de trinta; seus olhos pedintes... A vida. O lado mágico e o lado sombrio. Duas formas do medo. A gente acabando de singeleza e confusão. Retas do desatino. O estar esperando a mão ratificando o sim entre a boca e os olhos. O barco navegando os desvios feitos pelo segredo que alimenta o destino.
E essa dança desencontro. Essa incongruência de querer no passado ou no futuro. O presente é a poesia com quase trinta que bate ao largo da esperança, mas é vívida e inspira pelo fato de ser a rota mais amada, o físico, o encontro de dois, o ser das palavras reificadas como a cara do amor.
A rotina de uma longa espera. Fora de hora na eletrola do desejo, ora Nana, ora Dori, amores subversivos e imaginação.
A composição do que se diria depois se tivesse existido durante. Amolação do destino: anseio anseio anseio anseio. Exatidão. Minha mão apertando alguma.
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