Estou viva.
Mas a morte é música.
A vida, dissonância.
Minha alegria é como
fim de outono porque
tive nas mãos ainda flores
mas flores estriadas de sangue.
Há cristais coloridos
nos teus olhos.
Vida nos teus dedos.
Estou morta.
Mas a morte é amor.
Não fiz o crime dos filhos
mas sonhei bonecos quebrados
sonhei bonecos chorando.
Mas a morte é música.
A vida, dissonância.
Minha alegria é como
fim de outono porque
tive nas mãos ainda flores
mas flores estriadas de sangue.
Há cristais coloridos
nos teus olhos.
Vida nos teus dedos.
Estou morta.
Mas a morte é amor.
Não fiz o crime dos filhos
mas sonhei bonecos quebrados
sonhei bonecos chorando.
P.S. - hoje cheio de alegria e nesse deslumbramento, às vezes sem ternura, que a grande POESIA de Hilst dá. Veloz em mim mesmo com a cabeça rodando de ressaca. Pouco tempo muita espera. Mas hoje é sábado.
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