quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Nos arredores de mim


Hoje já não saberia viver sem navegar. Mas navegar me liga aos arredores de mim e assim capto uma certa  poesia que me incita masturbação e cinema. A poesia que me são olhos e delicadeza me ofertando imensidão. Navego sem essa de rastros e caminhos: surto ao som de asas, ao cair de palavras, ao cheiro na memória da pele, à abertura do sorriso, ao silêncio que me faz lembrar. Surto querendo trazer pra mim. Numa tardinha de vinho e Hilst, de Billie e Angela, de Rosa e Bethânia, de outros onde nos possam ser prazer circulando... Uma tardinha como bateria contra a saudade e silêncio a favor da troca de olhares que eu  anseio tanto na velocidade da sorte.

Quero negar o barulho dessa sagração e tocar aquele rosto em segredo para mim mesmo: preciso reencontrar. No profano abandono de dois corpos sem muito tempo para estarem... dois corpos no escuro do quarto à luz deste sentimento que devora dando sentido à minha vida.

Nenhum comentário: