sábado, 12 de maio de 2012

Três

Alguma coisa para ser dita. Dois filmes, um livro, Chico Buarque, Gil chegando, o aconchego da sobriedade, a verdade ventilando; os escritos, dois discos, sonora noturna, a lua maiúscula, olhares efebos em sala, cores, perguntas etnográficas, prazer das aulas, a imensa alegria por estar estudando.

Tudo no indício de que não pode haver desistência e o quanto vale sonhar. Caminhos. O poeta escrevinhando canções. Lembro da irmã límpida nobreza da realização em meus sentidos. Do meu ouvido abrigando a voz dela. Ter que recaptular. É noite.

A voz de Camelo na dança agradável de Amarante, o som daquela banda, a esperança amorosa da plateia, sonhos revividos, um tempo novo, consolo, o passado passou. A Concha Acústica da minha cidade no mundo, dizeres no muro, eu ainda querendo encontro.

Do lugar dos ônibus e o tombo maluco da vida processando. Outro livro, este risca marca insiste em deixar a saudade, mesmo no mudar das páginas, mesmo no acelerar das horas. Rush. Aprendo agora o que devo mas a preguiça ainda está. De olho em mim mesmo: valeram-me todos os sonhos e o seu.

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