sábado, 23 de junho de 2012

Eu amo Norah Jones



Há uma sensação de leveza em minha audição no momento em que escrevo esse texto. Uma voz feminina em anúncio de sonoridades, num canto doce e criativo, em língua inglesa, singrando histórias do amor em desencontros e superações.

Um pormenor
: o que afasta como impossibilidade compreensiva dilui-se frente à beleza que advém dali. São ritmos e lentidão, desenhos do que sentimos no fluxo das paixões. Tem o rosto do outro que queremos - nisso quando nos diz não - e a gente ouve essas músicas, um copo de vinho na mão, ficando sempre mais vazio, raios e reflexos de tudo traduzido em emoção.

A gente que também diz não. E a música salvando todo mundo.

Essa leveza me põe para longe do Nordeste, das festas de São João... Festas que tanto respeito, valido, me comovo, mas fujo para o canto onde eu seja fluido como este disco que ouço. Para o canto onde me exerça no que escolhi e me acenda de realidade ou de memórias ou de saudades até do que não vivi.

Eu amo Norah Jones. Vou aprender inglês. Vou lhe dar um beijo roubado.

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