Se me perguntam? Eu demonstro. E aposto e violo e assisto. O mundo começa e termina por beleza. A gente quer o impróprio, o impossível, o importante. Beleza dentro do horizonte que traga os olhos e apresenta tudo como se fosse arte. Não tão profundo. Arte derrapante transfigurando. Como um canto. Instantes maduros, O olho vê nos ouvidos que fazem música. E mais é para o íntimo do que se quer. Lá. Aqui. Já.
Se me respondem, eu repergunto na trilha das novidades. Tenho saudades do que ficou no entreolhar de dois dentro de um carro, uma bandeja de salgados, a vida ficando pra depois. Tenho calma, às vezes. Apreço pelas quartas-feiras, às vezes. Mas todo dia amo sábado e poesia. No final de algumas noites, leio uma página de antropologia. O maior parâmetro de mim é um par castanho de olhos que foi aguar o sertão.
Vivo de ilusão nessa morte contínua no real. Tanta falta. Afogo-nos na repetição e tenho filosofia que crê. Amor é encenação. Enceno por arte, a parte de comer. Quanta fome me eterniza! Quanta alegria nesse desviver. Longe - Assum Preto - alguém poderá não responder e nem perguntar. Tenho a alma do retirante e sei, lindamente, cantar.
Disseram-me sobre a vida. Tem. E não tem. Gosto na fotografia. Intenso querer. Ando caçando sons e hipnose querendo trazer. Disseram-me está passando, enterra esta saudade e vai viver. Viver o quê? A vida.
A vida? Como ela é?
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