domingo, 18 de novembro de 2012
Paris, Bastille
Vago sob a chuva da cidade assistindo a arte que lhe traduz. Ela brinca comigo no que pinta e escreve: feitiços imagináveis.
Tomo conta de mim no parapeito da janela a 04 graus para correr o risco maior. Faço sombra para roubar um beijo. Não consigo mas atinjo a boca do poeta. Minha garganta arde contra a doçura que trago em palavras. É o âmago da solidão, mas concluo sorrindo. A água do mar me molhou o calçado. Olhos negros. Tem sol e frio no cheiro do Sena que me abençoa...
Creio e descrevo na batida do coração, singro a tinta de Beauvoir para criar outra masculinidade... A servilidade da minha emoção são dois olhos negros... Na praia o albatroz me cantou.
Tomara não tenha perdido a guerra, pois o meu reino, no absoluto, é amor.
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