sábado, 24 de novembro de 2012

Translúcido

No calor desta noite, eu me aparto de mim. Revisto-me de silêncio mesmo que publicizando palavras. Meu alvo é a vida que não tive. Agorinha eu trouxe a lua para dentro de casa. Sou-me as palavras que melhoram a relação humana. O que é melhor no humano é a delicadeza, as cores da aproximação. A delicadeza em vermelho ou azul. O que me digo, digo também a ti. Hoje é um dia sem aspas -  rasgo-me na aspereza do desencontro, mas perdoo o mundo por me querer assim.

Lá, tão aqui, os sonhos não são distantes e minha pronúncia abraça a realidade e toca a sorte na função do amor. O amor está e espelha sorriso amanhã. Tenho a estesia da escrita que me alonga até o que nunca pude alcançar. Sou herói de mim mesmo.

Poesia desconstruída na falta de versos e uma canção sem voz e som. Morta luz inclinada aos segredos lunares. Homem feio e triste, mas todo amor

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