quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Sendo Chagall
Me deixa brincar de ser Chagall, de ser músico e ir para fora deste sinal da espera.
Me deixa ser a conversa sem medo ou explicações; só os meus olhos vendo os seus lábios em movimento e o nosso sorriso nos sendo permissão.
Me deixa criar o que nunca existiu e ter a sorte de ser por você. Eu serenando o vento, trazendo a brisa que refresca o nosso silêncio após o nosso prazer.
Me deixa pintar sua boca na cara do tempo e musicar o destino que nos aproximou. Me deixa ser pintor e letrista, ator e ginasta, dançarino e sacerdote, nos contrapontos do que não ensaiamos, quero viver instantes eternos em você.
Me olhe Chagall e eu, delicadamente, pincelo seu corpo como um pedido de Deus.
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