terça-feira, 20 de novembro de 2012

Uma carta de amor para Maria





Sua voz, em nós, traduz alegria. É uma espécie de acompanhamento para o prazer. Encenação da beleza que vibra dos olhos, algum lugar sem explicação: a voz. A repetição no sonho quando te sinto: minha musa.

Sua luz é o meu bem querer. Singra-me até onde não sou e me é o amor que resguardo na força do olhar que me vem de você. Singra-me esta força das manhãs tempestivas nessa doçura mítica da mulher que sabe o que dizer. Eu sou a palavra na sua voz. A vontade que gera a beleza. A pergunta no palco e saídas d’alma. O centro do que te gera é a foz da minha morada. Serena rainha do que busco na fonte mágica da arte riscada na face diversa deste país.

Sou-me na altivez da audição: o que imprimo em mim, o de melhor, sangra da arte que nos refaz. Ouço por paixão. Atravesso os dias. Desaprendo. Ali, naquele canto, o seu canto, revivo o que não tive e represento todos os instantes da criação que me conduz; seu canto, sua voz, aprimora o meu jeito de ser no mundo. 

Sinto, do transfigurar, a vida sendo mais nova, mais vívida, mais amorosa na qualidade do seu estar: Maria Bethânia.

Eu quero a sua delicadeza para alcançar a sua poesia. Meu amor lhe pede isso: a  palavra na voz , o olhar de águia, a mãe no abraço... E o som advindo do canto mais bonito do planeta Terra.

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