Sua voz, em nós, traduz alegria. É
uma espécie de acompanhamento para o prazer. Encenação da beleza que vibra dos
olhos, algum lugar sem explicação: a voz. A repetição no sonho quando te sinto:
minha musa.
Sua luz é o meu bem querer. Singra-me
até onde não sou e me é o amor que resguardo na força do olhar que me vem de
você. Singra-me esta força das manhãs tempestivas nessa doçura mítica da mulher
que sabe o que dizer. Eu sou a palavra na sua voz. A vontade que gera a beleza.
A pergunta no palco e saídas d’alma. O centro do que te gera é a foz da minha
morada. Serena rainha do que busco na fonte mágica da arte riscada na face
diversa deste país.
Sou-me na altivez da audição: o que
imprimo em mim, o de melhor, sangra da arte que nos refaz. Ouço por paixão.
Atravesso os dias. Desaprendo. Ali, naquele canto, o seu canto, revivo o que
não tive e represento todos os instantes da criação que me conduz; seu canto,
sua voz, aprimora o meu jeito de ser no mundo.
Sinto, do transfigurar, a vida
sendo mais nova, mais vívida, mais amorosa na qualidade do seu estar: Maria
Bethânia.
Eu quero a sua delicadeza para
alcançar a sua poesia. Meu amor lhe pede isso: a palavra na voz , o olhar de águia, a mãe no
abraço... E o som advindo do canto mais bonito do planeta Terra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário