segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Por dentro do desespero


Esta é a imagem do cuidado. Panorama da idealização de algo que ficou pra lá. Mas nela, a imagem, está no agora do que vejo. Como este filme me liberta de tudo que não quiseram pra mim, e através dele, sou o meu próprio desejo, minha auto-delação, minha proscrição, meu fascínio. Sou o descuido do meu medo diante de um sorriso que me impregna de alegria, que passa velozmente por mim, agride em doçura a minha memória e fica.
Fica no sensível da minha franqueza e no silêncio da minha alma. Fica eu sendo inteiramente outro. E eu revivo uma espécie de desespero - o amor alongando-se de nada tornando-se eterna morada de todo romantismo. Meu amor palavra na imagem deste filme. Película que alavanca saudades. E dentro do meu desespero com cheiro de café, música e identidades antropológicas. Um filme do amor salvação me condenando ao riso, que quando vejo, sou-me o tormento da vontade banhada de tempo pretérito - eu volto e o reassisto.

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