

Não tire da minha mão esse copo
Não pense em mim quando eu calo de dor
Olha meus olhos repletos de ânsia e de amor
Não se perturbe nem fique à vontade
Tira do corpo essa roupa e maldade
Venha de manso ouvir o que eu tenho a contar
Não é muito nem pouco eu diria
Não é pra rir mas nem sério seria
É só uma gota de sangue em forma verbal
Deixa eu sentir muito além do ciúme
Deixa eu beber teu perfume
Embriagar a razão, porque não volto atrás?
Quero você mais e mais que um dia
Não tire da minha boca esse beijo
Nunca confunda carinho e desejo
Beba comigo a gota de sangue final
Angela Ro Ro
P.S.: tiro o copo da minha mão e invalido esta fala notívaga, sangrando deveras, mas pronto a estancar tudo que me fez me apartar de mim. Estanco e abandono desde poesia até o silêncio estrondoso. Meu tempo é outro numa única continuação: estas mulheres falando por mim.
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