quarta-feira, 15 de maio de 2013

Senhorzinho Alado

(Plata Quemada)


Quando ele veste vermelho
O mundo treme luz e água
Solta raios em sua risada
Ele voa...
Calmo na coroa do seu ser
Resguarda soberanas asas
Iluminando forma e prazer
Em suas descidas fulgurantes.
Ele habita lugares e destinos
Quando nada lhe é eterno.
Pisa em grama sem agredi-la
Dança leve espraiando feitiço
Lindo, como poucos sabem ser.
De vermelho - deus - menino
Acima de qualquer tecido
Ele vibra-se-nos
Em sua nudez constante.
Encanto é a sua voz
Seus olhos dilacerante doçura
Um ser feito música
Emitindo palavras sem dizer
Sorrindo dentro de fomes alheias
Erotizando o carinho
Sexualizando a ternura
Este senhorzinho alado
Até a alma desejado
Na língua de quem o procura.
Naquele jeito de homem aquático
Líquido gozo sagrado
À boca do absoluto querer.


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