sábado, 4 de maio de 2013

Tempo de espera?


 
Não  sou eu quem falo sobre o tempo,

é o tempo que se descreve em mim,

para evitar assim a excessiva confusão.

 

É o tempo que me formula desistência

me anima a deixar a espera,

me recobra a memória,

me retoma  para novos anseios...

 

O tempo desenha o embuste

que me tornei no parapeito

das  janelas;

escancara minhas ilusões...

é mau comigo,

me fazendo o bem.

 

O tempo me ensina,

eu o péssimo aprendiz,

desertor  de clarezas

em assuntos da emoção.

 

Envelheço,

como se tivesse a eternidade,

todo o tempo a meu favor,

espero espero espero,

que o silêncio me abrace

e me faça delícias naquele

amor.

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