segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Hilda Hilst: senhora da permanência !

HH
A minha Casa é guardiã do meu corpo
E protetora de todas minhas ardências.
E transmuta em palavra
Paixão e veemência
E minha boca se faz fonte de prata
Ainda que eu grite à Casa que só existo
Para sorver a água de tua boca.
A minha Casa, Dionísio, te lamenta
E manda que eu te pergunte assim de frente:
A uma mulher que canta ensolarada
E que é sonora,múltipla,argonauta
Por que recusas amor e permanência?
(Ode descontínua e remota para Flauta e Oboé. De Ariana para Dionísio)

Nenhum comentário: