segunda-feira, 16 de abril de 2012

De relance

A cabeça relembrando cenas  em um quarto de hotel numa cidade do interior. No ano de 1989. O peso de ser jovem discordando e negando o que mais se quer hoje. Idade em avanço é um tormento. Tempo quando nega não para, não cessa. Um copo d'água, meia luz, canção. Ventando essas imagens no antigo desejo e não se sabia que se queria tanto ali. De frente à piscina e à sede. Lugar quente do corpo sonhando.Grande. Quente. A vida pulsando na íntegra rapidez. Cenas de atração e não, o espelho, a manhã, o cobertor. Grosso. Passeio calmo da memória naquilo que veio como destino. O desespero. Um filme sendo rodado. Coragem. Brilho. Suco. Falta do outro líquido. O sumo no sumiço da entrega. Não. O olho de olho na inteireza sob o impacto do medo. O disfarce. A saga calada do impossível. Canção dos Beatles. A língua só no inglês. Outrora. Agora. Não foi. Mas é.

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