Tenho calma nessa evolução de mim
mesmo deixando outros eus para trás.
E faço milagres quando esmago não e canto índio para outro sentido do humano que
me quero. Vivo essa energia solar a comandar o desejo de algo fazer. Sol pela
estrada ao destino maior do mar que sou eu. Flutuo bem acima da igreja vista da
minha janela. Toco na mão de Nossa Senhora e emplaco, em instantes de anjo, meu
lugar na eternidade.
Tenho calma porque compreendi.
Desacato ofensas, mas entendo a dor que corrompe a alegria que me define. Na
rua, tropical e pobre, linda porque negra, entre o azul do céu e o verde-azul
do mar, cinzas do eterno carnaval, nesta calçada esburacada como meu peito mergulhado no que passou, compro
flores amarelas para alguém que não as receberá. Vivo nesta imprecisão: a
cidade, a saudade, o quase.
Mas tenho calma.
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