terça-feira, 10 de novembro de 2009

Desses deuses-meninos


Menino Deus
Caetano Veloso
"Menino Deus, um corpo azul-dourado
Um porto alegre é bem mais que um seguro
Na rota das nossas viagens no escuro
Menino Deus, quando tua luz se acenda
A minha voz comporá tua lenda
E por um momento haverá mais futuro do que jamais houve
Mas ouve a nossa harmonia
A eletricidade ligada no dia
Em que brilharias por sobre a cidade"
E contam que haveria poesia na passagem deste tempo; que flores se abririam para realçar sorrisos amorosos. O mundo seria mais gentil. Mais dança e canto. Abraços desenhando as entregas de verdade - em toda extensão do silêncio - para fazer valer as vidas. Haveria descortinamentos para revelar fomes e sedes criativas; para se fazer a arte do possível.
E contam a essência vívida do amor naquela cor-sabor azul e paz no seio de quem sabe dar. Imagens do fundo da felicidade bastando. O mundo sem escapatória, sem purgatórios, sem mornidão. Mundo canção em trânsito e respeito. Carta escrita àquela mão do desejo: o beijo do escultor.
Haveria amor memória paixão nas réstias do vermelho de lá... Sonho acontecendo. Permissão. Música de cada dia embalando muitas récitas da poesia que nunca soube faltar. Nem no mundo prometido, nem neste que se traduz como realidade.

Um comentário:

Hugo Gonçalves disse...

Gostei destas últimas novidades que você está postando com muita perfeição!